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Review de Arcane – League of Legends

Confira nosso Review de Arcane: League of Legends.

Antes de começar é importante deixar claro, apesar de contar uma história do universo de League of Legends este review de Arcane precisa deixar algo claro logo de início: você não vai sentir vontade de jogar o game ao assistir a série.

O review a seguir não possuí spoilers.

O drama e a profundidade dos personagens não podem sem comparadas, a série e o jogo são completos, mas vivem independente um do outro. Isso quer dizer que você pode assistir a série sem saber o que é “sair do middle” e, principalmente, sem uma criança tóxica te enchendo o saco no chat.

Com isso posso afirmar que Arcane é, sem dúvida, uma das melhores séries animadas que já assisti, tanto quando sua história quanto a sua produção. Seu visual não é apenas bonito, é uma das experiências visuais mais interessantes que vi desde Homem Aranha Através do Aranhaverso.

Tenho muitos problemas com Jinx, a protagonista, mas ela não está ali para me agradar mesmo. Talvez ela te agrade, mas o constante “sentimento Arlequina” me irrita tanto quanto a personagem de Esquadrão Suicida. Obviamente, afinal Arcane não é uma série exatamente adulta, adolescentes com certeza se sentiram em casa pela toda onda de sentimentos e aventura descabida… E as risadinhas de Jinx (tão maluca).

O defeito de Arcane é exatamente este: eu.

Se você não estiver aberto a enfrentar no novo, o que vai além de uma ideologia ou um conceito, certamente a série irá te acertar do jeito errado. Entenda, a pessoa que não está aberta à experimentar o arcano (no sentido figurado) talvez não aproveite a série como deveria, em todo seu esplendor.

As duas temporadas se complementam perfeitamente, não são dois arcos separados. A história é bem equilibrada entre a aventura e o drama e a aventura steampunk se mostra atual, moderna e – talvez o que mais me atraiu – fresca. A redenção e a luta de cada personagem é algo que empolga.

Jinx e VI são as estrelas da série, mas o elenco de apoio brilha tanto quanto as protagonistas. Os motivos são os mesmos, há profundidade e conteúdo o suficiente para prender sua atenção por todos os episódios. Pode parecer exagero, mas não é. A maturidade da trama assusta por se tratar de uma adaptação de um jogo que não é narrativo.

É preciso entender que a obra visa o público adolescente, talvez jovens adultos, mas é fácil para qualquer um se envolver com a profundidade, delicadeza e caos de seus personagens. A briga entre bem e mau é elevada aos extremos da magia arcana com super poderes, viagens no tempo, viagens dimensionais, utopias e muitas lutas. Tudo isso apenas para justificar que todos nós fazemos qualquer coisa por amor.

Tecnicamente é primorosa e linda… Não a toa é a série animada mais cara já produzida, só consigo imaginar o trabalho que cada luz, cada maquiagem borrada em rostos detalhados e cheios de sentimento.

Aparentemente a segunda temporada de Arcane é o final dessa história, mas é certo que outras virão.

Por Rodrigo Castro

Debochado e inconveniente. Escritor, roteirista e designer de brincadeirinha.

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