Conheça Hades, afinal é hora de morrer de novo.
RogueliTe nunca foi meu estilo favorito de jogo, ainda mais no PC prefiro muito mais usar teclado e mouse. Uso controle apenas em jogos de plataforma normalmente. Bem, isso era verdade até jogar Hades, um belo jogo da Supergiant Games que me fez mudar totalmente de opinião quanto ao gênero e quanto ao uso de controle.
O jogo desde o final de 2019, em early acess, mas preferi escrever sobre apenas agora com o derradeiro lançamento. Muita coisa mudou e para a melhor. É incrível como o game evoluiu e no que se tornou. Tecnicamente falando nunca encontrei um bug, mesmo em sua versão pré-lançamento, tudo sempre rodou de maneira bem suave nas máquinas que testei.
Logo de cara a arte de Jen Zee no design dos personagens, a dublagem (em inglês) e a música são de assustar. Dificilmente gosto tanto da música de um jogo, mas no caso de Hades é tudo tão impressionante que me assusta. Tudo é bonito e de bom gosto tremendo. E sim, estou falando de um roguelite.
Encarnar Zagreu, filho de Hades, em sua fuga do Inferno é entender que morrer faz parte da vida. E neste jogo você irá morrer, as vezes precisará morrer, outras vezes irá apenas desejar voltar para casa para brincar com seu cão infernal de três cabeças.
A progressão é amigável na minha humilde opinião. Se você tem mais habilidade conseguirá liberar muita coisa logo de cara. Mas, se for ruim como eu, precisará fazer um pequeno grind para ficar mais poderoso. Pode até parecer uma progressão punitiva voltar ao zero quando se morre, mas até agora tenho me divertido muito e progredindo também, devagar mas tenho progredido – e isso é o importante. Apesar da minha falta de habilidade e constantemente voltar para casa levar bronca do papai Hades sou impelido a continuar.
As bênçãos do Olimpo ajudam muito em suas runs, mesmo sem ser permanente é divertido encontrar seus parentes e até encrencar com alguns deles. Mesmo assim o jogador precisa por vezes focar em itens que contribuem com o real crescimento do personagem. Chaves Ctônicas e Escuridões da deusa Nix são os principais itens que você deve colecionar, eles permitem melhorar habilidades e aumentar a vida permanentemente de Zagreu.
Lembra que disse que morrer faz parte da vida? Pois é, para mim foi inevitável, incontáveis vezes montei um set de habilidades interessante apenas para morrer de maneira vergonhosa para algum inimigo novo – ou para alguma armadilha boba.
A importância da escolha da arma vai além do seu gosto pessoal. As diferenças de estilo de jogo são diversas, mas as vantagens de cada uma fazem do arsenal de Zagreu a principal mecânica do game. Afinal ela é a primeira – e talvez a única – que você possa realmente escolher. Fiquei preocupado que o escudo deixasse de ser minha arma favorita mas a comunidade também a elegeu como melhor arma. Mas as vezes uso a espada também.
A história também é bem cativante, mas não procure a história mitológica de Zagreu e Hades se você não a conhece – spoilers da história do game surgirão. A tensão sexual entre Zagreu com Tânato e Megaira é no mínimo divertida e isso é bem incorporado nos diálogos.
Chame Hades de roguelite narrativo se quiser, ou hack and slash animado, ou dungeon crawler randômico. Permadeath sem ser permanente se quiser. Não importa o nome, o importante é que uma empresa pequena, com cuidado e atenção trás uma experiência que jogo AAA dificilmente conseguem com muito mais dinheiro investido.
Este review nem pode ser chamado de review, este texto é uma carta de amor pois estou completamente apaixonado pelo game.
Hades está disponível para PC (Steam e Epic Store) e para Nintendo Switch, Xbox e PlayStation. Por enquanto.
3 respostas em “Hades”
[…] Hades é sem dúvida alguma um dos melhores games que já joguei. Toda a produção, as mecânicas, a arte e a música, todos são elementos importante e tratados com tamanho cuidado que dá gosto de ver (e jogar). Uma das grandes surpresas que tive com o game é com certeza a música Good Riddance, performance por Ashley Barrett da música de Darren Korb. […]
[…] Hades é uma obra de arte. O game ainda me surpreende e hoje é facilmente um daqueles jogos que falarei bem para o resto da vida. E como toda obra de arte até seus fragmentos nos dão uma amostra da arte e – por que não – do coração envolvido em sua produção. Good Riddance é minha música favorita e nada irá mudar isso (pelo menos não por enquanto), porém essa cover de In the Blood é surpreendente. […]
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