Elon Musk vai patrocinar processo contra a Disney, ex-Twitter diz que está defendendo a liberdade de expressão de atriz preconceituosa.
Liberdade de expressão é a desculpa furada favorita de negacionistas de vacinas, racistas e preconceituosos em geral para justificar seu preconceito. Agora o Twitter, ou Xuitter, avisou que irá assumir uma briga que não é dele, isso mesmo, Elon Musk vai patrocinar processo contra Disney, ou a Lucasfilm.
A pessoa “escolhida” para receber o benefício da rede social conhecida pela propagação de ódio é Gina Carano, a atriz que foi despedida de O Mandaloriano por tentar “zoar” quem usava máscaras contra COVID-19, espalhar teorias de conspiração sobre as eleições dos EUA, curtir conteúdo depreciativo do movimento Black Lives Matter e ridicularizar o uso de pronomes. Mas a gota d’água foi quando a atriz postou uma história antissemita em seu Instagram. O conteúdo foi deletado segundo artigo do Kotaku.
O motivo da sua demissão foi o de “postagens nas redes sociais denegrindo pessoas com base em suas identidades culturais e religiosas”. Um bom motivo para não se relacionar com uma pessoa, a não ser que você seja um bilionário dono de uma rede social que mandou o executivo da Disney ir se f*der.
Em nota do ex-Twitter afirmou que “Como sinal do compromisso da X Corp com a liberdade de expressão, estamos orgulhosos de fornecer apoio financeiro para o processo de Gina Carano, capacitando-a a buscar a reivindicação de seus direitos de liberdade de expressão no X e a capacidade de trabalhar sem bullying, assédio ou discriminação”. Interessante é que esta é a primeira vez que a rede de Elon Musk assume uma briga dessas.
É importante lembrar que o Twitter é uma das redes que mais briga contra a regulação no Brasil. Em reunião com o então Ministro da Justiça Flávio Dino a representante da rede de Elon Musk chegou a dizer que um perfil com foto de assassinos de crianças (perpetradores dos massacres em escolas) não violava os termos de uso da rede e que não se tratava de apologia ao crime.
O Centro de Combate ao Ódio Digital (CCDH), organização sem fins lucrativos que estuda discurso de ódio e desinformação apontou algo perturbador no Twitter. Segundo a ONG a empresa falhou em agir contra 99% dos posts com discurso de ódio publicados por assinantes do Blue Premium. A rede de Elon então resolveu ameaçar a organização.
A raiva de Musk pela Disney começou quando a empresa se juntou à diversas outras que, preocupadas com a própria imagem, divulgaram que iriam parar de anunciar na rede devido o crescente discurso de ódio. Comentários abusivos, assédio e incitação à violência são comuns na rede, a Europa já deu o recado intensificando a cobrança às big techs.
No Brasil houve o movimento das big techs contra o PL 2630 e, o presidente do TSE, o Ministro Alexandre de Moraes, pretende responsabilizar as redes pela divulgação de discurso de ódio.
E Gina Carano acredita que o ex-Twitter é um dos últimos lugares onde a esperança pela liberdade de expressão brilha. Será que essa “ajuda” do Twitter virá de graça?
O processo pode ser lido na integra no Hollywood Reporter., mas além de compensação financeira a atriz pede reintegração à série. Hahay. O que você acha dessa presepada? Deixe sua opinião abaixo.
