Um conto sobre o Zeebo e eu.
Sei que reclamo demais e agora vou meio que reclamar do Zeebo… Sei lá o por que, mas reclamo para todo lado, principalmente quando se refere a algo que gosto. Mas principalmente mesmo, tipo, pode zoar o meu time de futebol favorito, provavelmente irei rir com você pela piada. Pode falar que eu preciso cortar o cabelo também, mas aí você terá que me pagar uma cerveja antes!
Tenho um problema quando se junta duas coisas: dinheiro e videogame.
Depois que fiquei crescidinho e comecei a comprar minhas coisas sempre levei minhas brincadeiras eletrônicas mais a sério. Afinal, papai e mamãe precisavam me ensinar o valor do dinheiro mesmo que fosse com algo superficial com games.
Acho que não é novidade alguma que se você quer um videogame novo você irá até as lojas de sua preferência e pesquisará preços. Qual tiver o melhor custo/benefício levará seu amado dinheiro em troca do seu mais novo sonho de consumo! O incrível, o inimaginável, o elétrico videogame novo.
Você não pôde comprar no dia do lançamento? Mas tudo bem não pôde comprar todos os jogos que queria? Tudo bem também, com o tempo você comprará tudo… ou não…
Vamos lá e sejam sinceros: quem junta dinheiro para comprar um Zeebo? A salvação da Tectoy e do orgulho gamer brasileiro… por favor né?! Sabe o que expliquei logo acima? É o que se chama agregar valor a compra, não importa o nome e o que faça, se virar moda usar calça jeans verde as pessoas vão comprar a calça jeans verde. Quando você ouve Zeebo, o que você pensa? Tectoy? Zebra?
A falta de preparo para lançar um “console” desses nos países em desenvolvimento e/ou terceiro mundo assusta. Afinal a Tectoy tem anos e lá vai égua de experiência no assunto.
A Tectoy também deu alguns tiros nos próprios pés criando o Master System Portátil com 30 jogos e uma versão de Mega Drive também… concorrentes diretos do Zeebo. E olha que até eu fiquei tentadíssimo a comprar essas versões mais “novas” de consoles velhos.
Aí o jornalistazinho de meia tigela vai num podcast falar que indica o Zeebo para quem quer comprar um “brinquedo“. Será que ele teria gostado do Zeebo? Pode ter certeza que um cara como esse tem um PS3 com 93848498394 títulos originais. Nada pirata.
Afinal ele ajuda o mercado nacional… Belas merdas ajudar um mercado nacional que não se ajuda! E essa besteira de “education, entertainment, internet connectivity and social networking”? Isso é coisa de algum diretor que teve um vislumbre mediúnico para fazer um videogame que ajudasse a nação com educação? Duvido alguém detalhar esse projeto revolucionário com fins educativos.
Reclamei bem dessa vez né? Pois é, o motivo da minha revolta é que eu teria a “solução” para essa encrenca toda, e me revolta saber que ninguém que recebe dinheiros para isso o tenha feito. Lembra que eu falei de agregar valor? Então, já que eles enfiaram o pé na jaca, vamos que vamos:
1. O visual “inspirado” no Wii poderia ser facilmente usado nas propagandas de TV, mas não em qualquer horário, tinha que colocar na hora da novela e do Domingão do Faustão.
2. Imagem, novamente, coloque um ídolo da molecada, com um jogo licenciado do Ben 10 por exemplo… Que se dane que é uma porcaria de jogo, você quer vender. Lancem o Videogame do Milhão! DUVIDO que não venda bem.
3. Esqueça conteúdo educativo… Você nunca vai conseguir vender o tanto que quer se ficar pensando no bem maior. Pense nisso quando tiver dinheiro.
4. Colocar gente rebolando em supermercado é pagação de mico duplo para quem paga e para quem recebe para ficar no joguinho por lá.
5. Kit de desenvolvimento a preços de banana para que aquele gênio que está estudando alguma área de games possa desenvolver bonito e ainda faturando um trocado. A Apple faz assim e vai muito bem, obrigado.
6. Distribuição dos jogos. Aqui temos uma faca de dois gumes pois vender só digitalmente, para uma empresa com pouca distribuição é bem ruim, mas cimentar a distribuição apenas física também não dá… É necessário um plano de negócios decente pois vou te falar viu, anunciar distribuição exclusiva via download de 3G da Claro foi uma estratégia bem burra. Solução para o 3G? Wi fi, conexão de rede qualquer… uma porta USB de possibilidades. Até gravar um CDzin e colocar no videogame já valia mas do que 3G da Claro.
7… Acho que poderia ficar por um bom tempo aqui falando dos erros dos outros. Sou bom nisso… mas pelo menos minha conta tá no azul.
Isso tudo devido uma nota do UOL Jogos onde a Revista Época Negócios teria dito que foram vendidos 30 mil unidades do console. Tá. Custando R$ 500 e vendeu tudo isso onde?
E, como minha crítica final e fatal, com direito a Finish Him pirata do Paraguai. O principal concorrente do Zeebo foi vendido por muito tempo nas ruas e avenidas congestionadas de São Paulo: POLYSTATION com jogo de futebol narrado por algum japonês tentando falar português!
TA DAM!
Uma resposta em “Zeebo e eu”
[…] está tensa, o capeta está por aqui, o cão está chupando manga junto de mais meia dúzia de chifrudos endiabrados. Inclusive hoje em dia existe uma entidade que é culpada por tudo de ruim que acontece às […]