Levei quatro dias para escrever o que achei de Warcraft – O Primeiro Encontro de Dois Mundos por um motivo muito simples, é realmente difícil ser isento quando você fala de algo que realmente gosta. No meu caso estou mergulhado no mundo de World of Warcraft à quase dez anos, sem contar os jogos anteriores de estratégia em tempo real e minha paixão entre eles Warcraft – The Frozen Throne. Posso dizer seguramente que sou um aficionado por esse mundo, seus personagens e sua história… que de repente ganham vida de maneira grandiosa nos cinemas.
Warcraft – O Primeiro Encontro de Dois Mundos conta como os orcs, desesperados por viverem em um mundo que estava morrendo, aceitam um suspeito acordo com entidades misteriosas para invadirem um novo mundo em troca de caos, destruição e morte. Este novo mundo verdejante é bem povoado por humanos que são facilmente destroçados pela máquina de combate da Horda e a vil magia de Gul’dan. Os humanos de Ventobravo até tentam se unir à outras raças para enfrentar esta nova ameaça, mas não há colaboração de elfos ou anões, a solução é recorrer ao Guardião e sua magia para mais uma vez salvar Azeroth do mal.
… bem que eu queria que tudo fosse simples assim…
Alguns estão chamam Warcraft – O Primeiro Encontro de Dois Mundos de salvador dos filmes de games em Hollywood, não sei se é o caso… A história falha repetidas vezes na ausência de uma explicação mais profunda de alguns ações, de uma hora para outra brota um orc verde e não fica claro que ele é dessa cor graças à magia de Gul’dan. As diferenças dos jogos para o filme são gritantes e me incomodaram bastante… Garona com Lothar está errado, ela fica com Medivh, a morte de Llane Wrynn se dá pela traição e maquinações de Medivh com Garona bem longe do campo de batalha, Medivh é dominado por Sargeras desde o nascimento… e estou mencionando estes fatos só para começar! É bom entender que o filme adapta acontecimentos de Warcrat: Orcs & Humans… não World of Warcraft, não tem Malfurion, elfo noturno nenhum, pandas, trolls e tão pouco goblins negociando mercadorias suspeitas, mas tem draenei torturado até a morte. Não há Aliança, existe uma Horda que só tem orcs e quer que tudo morra… mas com honra.
Ninguém pinta a cara de azul ou vermelho como nos cartazes.
Logo de cara você vê que visualmente o filme é deslumbrante, os cenários de Ventobravo e Portal Sombrio são absurdamente elaborados e bem tratados, as imagens do filme são facilmente confundíveis com as dos cinematics de World of Warcraf. Os orcs também são incríveis, com um detalhismo de dar medo… mas aí já existe um problema, eles foram criados grandes demais em relação aos humanos. Ficou grotesco ver lutas de um contra um pois era óbvio que aquela aberração gigante iria esmagar a cabeça do humano rosado sem muito esforço, imagino só como será se um dia tiverem que colocar um anão ou um gnomo para lutar com um orc desses. Imagina o tamanho de um worgen ou tauren! O cuidado com os detalhes é outro ponto positivo, um murloc à sombra do luar fazendo o mesmo som que existem nos jogos é o que mais me chamou a atenção, acho que no cinema eu fui o único que percebeu isso. A maioria das armaduras e armas podem ser encontradas no jogo também… mas isso também não impediu de Garona ficar menos verde do que deveria.
O filme não mostra o quando a Horda, nesta guerra, massacra humanos… e isto é ruim pois ficou um ar de que todos são bonzinhos e sabemos que não é bem assim. Vemos no filme pessoas gritando tentando fugir de orcs, mas não vemos quem está gritando ou por que, afinal é preciso mostrar que orcs são bonzinhos apesar de massacrar famílias inteiras. Não fica claro que a Primeira Guerra é ganha pela Horda banhando-se no sangue de inocentes.
Para quem conhece a história de Warcraft sabe que Medivh merecia um tratamento melhor que não fosse o de teleportar a galera de um lado para o outro, ele morre mas volta dos mortos em algum filme futuro (se houver). Outro fato que me incomodou demais é que no filme fica subentendido que Garona seria filha de Medivh… me assustou isso, pois apesar de sua aparência humana ela é mestiça entre draenei e orc, não humano e orc!
Realmente o que mais me incomodou é que todo mundo é bonzinho, todo mundo quer viver em paz e, no final, o que fica a impressão é que a guerra existe só por que o roteirista quis. Tem Green Jesus Thrall bebê e Varian meninão… mas não senti o clima de Warcraft, para mim foi mais Peacecraft. Se haverá outro? Duvido, mas viva Warcraft!
10 respostas em “Warcraft – O Primeiro Encontro de Dois Mundos”
Na verdade Garona seria mestiça de humano e orc no filme ela fala que não é humana nem orc.
… então, tem que ser draenei e orc cazzo.
No filme ela tem aquele momento “não tenho lugar no mundo” onde ela diz que não é humana nem orc. Ela não fala draenei, fala humana.
ELA NÃO PODE SER HUMANAAAAAAAAAAAAA!
NO FILME ELA ÉÉÉÉÉÉÉÉÉ!
MAS NUM PODECÊ!!!
Me de um bom motivo para ela não ser meio humana.
… imagina uma orc copulando com um humano. Imaginou? Te vejo no inferno.
E com draenei não tem problema?
Nope.