Lhes apresento minha comemoração de Natal
E nem vou lhes dizer que é banal
Pois não citarei o Papai Noel
Mas também não farei nenhuma piada com o Manoel
Este soneto será ensanguentado
E provavelmente alguém sairá com o nariz quebrado
Poderia até ser uma chacina policial
Mas os traficantes estão se escondendo no curral
Tenho vontade de gritar
Com todas as pessoas que desejo matar
Mas acabo gritando para todo lado
E acabo gritando com quem não é culpado
Sinto muita vontade de vomitar
Mas quando penso em regurgitar
Preciso escolher em quem mirar
Para não cometer o pecado de desperdiçar
A sociedade muda nessa época do ano
Hipocrisia que não para só em qualquer fulano
Declama exaltado do espírito de Natal
Mas no transito só faz referências a sexo anal
No dia da ceia a esposa dedicada
Faz sexo com o amante reclinada na escada
Durante a troca de presentes
O viciado cheira no banheiro contente
Minha raiva no Natal é frequente
Pela minha vida já passou muita gente delinquente
Tudo gente de péssima índole que deveria morrer
Mas sei que os puritanos irão me deter
Os reacionários partidários se dão as mãos
Mas depois vão dar amassos na traseira de um furgão
Fanáticos religiosos clamam pelo amor
Mas não tomam conta nem do próprio odor
Esse clima de Natal é exagerado
Mentiras, degustações, presente errado
Falsidade embalada laço
Quem tirará isso do meu percalço
Pensamento do Dia de Natal
Imagina um amigo secreto entre Bolsonaro, Malafaia, Zambizinha e Edir Macedo!
Não imagina não.
2 respostas em “Um poema de Natal”
Every Who Down in Whoville Liked Christmas a lot…
But the Grinch,Who lived just north of Whoville, Did NOT!
The Grinch hated Christmas! The whole Christmas season!
Now, please don’t ask why. No one quite knows the reason.
It could be his head wasn’t screwed on just right.
It could be, perhaps, that his shoes were too tight.
But I think that the most likely reason of all,
May have been that his heart was two sizes too small.
Lucto poeta!