Mais uma tirinha racista que merece ir pro lixo – junto do autor e quem o defende.
Farofeiros, farofeires e farofeiras, fui pego de surpresa neste fim de semana ao ver – tardiamente – as declarações racistas de Scott Adams, criador da tirinha Dilbert. Confesso que acompanhei muito a tirinhas quando estava envolvido com TI e entendia as piadas… Mas tudo aquilo ficou bem irrelevante com o tempo… E agora parece que aquilo era uma tirinha racista – pelo menos seu autor é.
E sim, fui pego de surpresa pelas declarações do autor. Não que o conhecesse bem, ou era fã e seguia tudo o que ele fazia… Não tenho nenhum livro dele por exemplo, nem há menções ao personagem aqui no blog. Mesmo assim me senti extremamente incomodado de alguma maneira já ter gostado do trabalho de um racista.
A declaração, gravada em vídeo pelo próprio Scott Adams, é uma das colocações mais nojentas e – infelizmente – comuns que vemos hoje em dia. Tanto que até o dono do Twitter saiu para defendê-lo. Isso mesmo, Elon Musk, dono de uma rede social defendeu a fala racista de Adams e ainda acusou a mídia de racista por cancelarem a publicação de sua tirinha.
Os jornais tiveram o bom senso de cancelar acordos comerciais com um racista. Elon Musk defende o racista. Significa.
Enquanto racismo não for levado a sério vamos continuar a ver absurdos como esse. Já comentamos sobre diversos casos de racismo aqui no blog: na escolha do Mancha Solar , que o elfo negro existe e da importância de Mulher Rei nos cinemas. O resultado são ataques de todos os tipos aqui no blog, até lutar contra o racismo é uma ofensa aos racistas.
No final a conclusão é que o racista, assim como o nerdola, não sabe ler e interpreta aquilo da melhor forma que lhe convém. Infelizmente não é só nos EUA ou só no Brasil que esses rompantes surgem.
Agora temos um notório criador racista sendo apoiado por um bilionário racista com uma rede social que hoje – ainda é – uma terra de ninguém onde sua voz preconceituosa ganha destaque. E tem gente que ainda diz que não é preciso regulamentar as mídias sociais.
É preciso superar o racismo na escola, no bar, no mundo pop e na internet, ninguém tem direito de ser preconceituoso – nem JK Rowling. E, só para lembrar não existe essa palhaçada chamada de racismo reverso.
Ignorância, falta de caráter, negacionismo histórico/científico, as desculpas são muitas, mas nenhuma delas justifica que alguém em pleno 2023 seja preconceituoso com qualquer pessoa. Não é inadiminissível uma tirinha racista – ou com o autor racista – poder ganhar dinheiro sendo preconceituoso.
Não sei dizer se Dilbert é racista, infelizmente no final das contas não dá para separar a obra do autor.
Pensamento do Dia
Ver é diferente? Quanto vale ser um verificado? Questões?