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Thor Amor e Trovão: ou Thor Aquele Mesmo & Mesmice

Thor Amor e Trovão é a mesma coisa de novo.

Eu não tô numa semana ruim, eu juro, apenas dei o azar de escrever a crítica de Thor 4 (ou era 3? Ou já era o 5? Demorei pra lembrar quantos Thores já haviam saído) e The Boys. Então, esse de agora, julho de 2022 é o THOR QUATRO, sim, o quarto filme do deus do trovão. Vi muita gente com dificuldade de acertar a numeração pois ninguém lembra de Thor 1. Thor 2 foi tipo HMMMM legal…

O 3 foi excelente, um sólido nota 7,5 que remodelou o personagem por completo e que o deixou engraçado como um verdadeiro pós adolescente Guardião da Galáxia. Se em Thor 1 e 2 temos um jovem aprendiz de deus do trovão, um tanto quanto inconsequente mesmo que com toda aquela energia sombria e séria que tentavam dar ao personagem.

No terceiro ele virou o deus trovânico carismático que aceita as próprias responsabilidades. Até aqui, tudo bom, tudo ótimo.

Em Ultimato o Thor visto foi o Thor maduro, azedo das próprias consequências, um personagem bem mais lapidado e um excelente contraponto ao que havia sido feito com ele até então, havia crescimento e maturidade. Aí nós chegamos em MAIS UM FILME do deus do trovão. Convenhamos que não era tamanha a expectativa. Para muitos a saga de Thor havia já tido seu clímax na dobradinha Ragnarok/Ultimato, mas, bem, vamo lá né, a Di$ney deve saber o boneco de hominho que faz.

O resultado é MEH. De verdade, o filme é divertido e tal, o humor é até bem trabalhado mas nada perto de outros filmes que a Marvel já fez com esse objetivo. O enredo é o mesmo de uns outros 10 filmes marvelianos; e aqui falo especificamente sobre a relação herói vs jornada vs vilão. Sério, reciclaram meia dúzia de filme ali e colocaram em um só. Sobre o maravilhoso Christian Bale: bom, ele é ótimo, fez o que deu ali no papel de Gorr.

A motivação do vilão até convence mas o processo escrito pra que ele vire uma ameaça é um tanto preguiçoso e previsível. A Poderosa Thor, de Natalie Portman é ótima! Poxa, uma boa e comedida surpresa! Jane Foster podia ter sido aproveitada já há um bom tempo, não precisavam deixá-la na geladeira da Marvel. Sobretudo porque, e aqui vem o núcleo da minha crítica, Foster é uma chave primordial para o desenvolvimento de personagem do Thor.

Chris Hemswhorth tá o mesmo bom Thor já visto antes. E isso não é um elogio exatamente. O Thor de Thor 4 é um Thor que parece ter regredido após Ragnarok e Ultimato, um Thor que ainda parece o pós adolescente numa viagem sabática para se encontrar. Isso é levado a cabo no filme inteiro: ele está tentando se encontra, entender quem é Thor pós Asgard, Thanos, Vingadores, 3 mortes do Loki e etc.

O filme martela essa bagagem de vida do Odinson o tempo todo e parece que o efeito é o inverso: ao invés de vermos em ação um Thor enfim maduro e no seu auge, o filme acaba contando sobre a bagagem de um Thor que viveu tudo isso e, não é que permanece o mesmo, voltou a ser um homem grande com maturidade pequena.

É decepcionante.

No arco final temos um Thor que meio que parece ser adulto mas não fica muito evidente até porque colocaram o mesmo personagem imaturo em situações de altíssima maturidade. Forçaram a barra sem criar mais evolução de personagem.

No mais, a Di$ney parece bastante interessada em ter seu próprio MCU de Stranger Things. Eu entendo a necessidade de substituir os atores (sobretudo os caro$) mas tem uma invasão de crianças vindo aí. Se entregarem algo pelo menos no nível de Miss Marvel eu já me darei por contente (a série é ótima) mas me preocupa como: a) talvez eu esteja velho aos olhos do ValDisnei b) talvez o Wal ache que a experiência Hawkeye foi um sucesso, o que seria o pior cenário.

Enfim, Thor é a mesma coisa de sempre.

Nota: 6 Farofas

Thor Amor e Trovão - 6 farofas - Blog Farofeiros

Por José Fernando

Comentarista político(?) no @CoisaBoaPodcast e farofeiro no @FarofeirosCast.

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