Farofeiros e Farofeiras,
Mais uma vez venho falar o quanto eu amo odiar essa época do ano onde gente suada, fedida e bêbada tenta se fazer de príncipe ou princesa encantada depois de se lambuzar na saliva alheia algumas milhares de vezes antes de você para chegar na firma arrotando que pegou X pessoas neste carnaval.
Existe um local secreto, praticamente uma base submarina, longe de tudo que mais me incomoda: pessoas.
Infelizmente não posso me refugiar lá o tempo que gostaria pois preciso de pessoas para me alimentar e até para me dar dinheiro. Acredite se quiser mas pessoas me dão dinheiro para falar as coisas que falo no meu local de trabalho, as vezes acho que poderia ser mais dinheiro pois algumas pessoas insistem em não fazer o que digo. Quem sabe afetando o bolso a pessoa abra mais os ouvidos.
Pular fora desta folia toda significa manter minha sanidade e realmente exaltar a beleza do silêncio e da falta de sentimentos e atitudes superficiais à todo momento vinda de estranhos.
Meus compatriotas farofeiros compartilham de minha visão e emoção, mas quando possível sempre arrumam uma beberrança desenfreada regada à algum estilo musical que esteja na moda no momento apenas pela curtição. Existe a vez que fomos todos solteiro em uma micareta. A folia era tanta que um de nós quase morreu e ainda teve que carregar os feridos.
Foi uma experiência elucidativa, marcadora de águas em nossa simples e etérea vida para nunca mais ser reprisada. Sabe aquela frase habitual de quem frequenta estas pelejas? “Você não gosta pois nunca foi em uma micareta”? Pois então, agora posso responder convicto, não gosto e já fui em uma folia fora de época apenas para atestar que não importa a época, torço para a folia me errar. Ou, se preciso, usar meus poderes magnéticos para jogar um avião em cima dos foliões.
Pensamento do Dia
“… isso já é o bastante.”
Magneto resolvendo qualquer problema com sutileza como sempre.