O terrível editorial do Estadão é terrível.
Farofeiros, farofeiras e farofeires, imagine um jornal com 150 anos se vangloriar de seus editoriais. Em teoria é uma idea boa, mas estamos falando do jornal que tem como títulos memoráveis, incluindo, o já icônico, “Uma escolha muito difícil“. Hoje serei obrigado a falar do terrível editorial do Estadão.
Vi isso em uma postagem do jornalista Pedro Zambarda no BlueSky e sabia que, independentemente do que havia planejado, deveria mudar. Um editorial sobre os editoriais, aqueles terríveis e que me afastaram do jornal… Desculpem os profissionais que precisam trabalhar para este jornal… ou qualquer jornal grande no Brasil hoje.
A pouco comentei sobre a manchete natalina da Folha de S. Paulo e, devemos convir, que a grande mídia toda se refresca no mesmo chiqueiro.
Enquanto a mídia brasileira ainda tenta convencer alguém que é imparcial vemos outros “poderes”, como o todo-poderoso “mercado”, tomar um lado e pressionar empresas com o chamado “fundo cristão“. Mas o problema é a “era da lacração e da cultura woke”.
Um colunista de O Estado de S.Paulo, ou Estadão, chegou a ir contra decisão do ministro Flávio Dino para a destruição de livros jurídicos com conteúdo homofóbico e msógino. Chamou a situação de censura. O famoso direito de ser preconceituoso é o que o jornal está divulgado hoje?
Bem, não é só “hoje”.
Em 17 de Setembro de 1935 o jornal publicou o texto “Importante discurso do Sr. Hitler perante o reichstag” e destacava as “medidas contra o bolchevismo e os judeus“. Em 1964, no início da ditadura militar, adotou um lado – e não foi o do povo – falando que a ofensiva militar seria onde “Democratas dominam tôda a Nação“.
A imprensa sabe de seu poder e abusa dele. Desculpe, mas um jornal de 150 anos com essas chamadas não deveria comemorar tal marca para que um blog qualquer possa dar uma merecida lição de moral.
Pensamento do Dia
Nem toda semana temos comunismo, veganismo e uva-passa por aqui.