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O livro proibido de Ary Toledo

A história aterradora do livro proibido de Ary Toledo!

Farofeiros, farofeiras e farofeires, tenho uma história guardada para contar já faz muitos anos. Aguardava um momento apropriado, não este especificamente, mas que eu pudesse contar sobre o livro proibido de Ary Toledo que não era proibido.

Em 1990 fomos viajar para Natal, RN, e foi uma viagem marcante por diversos motivos. O lugar é maravilhoso, sua paisagens, história e as pessoas que conheci ainda vivem na minha memória de alguma maneira… É uma viagem que pretendo repetir no futuro.

Um do ocorridos envolveu o azulejo quebrado da piscina e ter arrancado um talho do dedão do meu pé. Além da cicatriz ganhei uma referência permanente à música Lambamor da banda Kaoma, “Pelas águas do mar, nessas ondas dourar, um pedaço de nós“. Sim, literalmente um pedaço de mim ficou na piscina e a música na minha cabeça pro resto da vida.

O corte foi grande, mas não foi terrível, mas foi o suficiente para criar uma certa comoção e me obrigar a comprar um chinelo de dedo feio para poder andar com ele para fora. Lembro que houve uma certa comoção entre as crianças e uma garota ficou toda preocupada, obviamente adorei a atenção.

Casal dançando lambada com o efeito deep fried - O livro proibido de Ary Toledo - blog FAROFEIROS

Não me lembro como consegui um dinheirinho sobrando, só sei que eu e meu irmão fomos até a banca ao lado do hotel comprar algo… Um livro de piadas de Ary Toledo, não lembro o nome, mas a capa avisava que havia piadas que eram censuradas na TV.

Devorei o livro e, obviamente, fui castigado pela minha mãe por ter comprado algo daquele tipo. Fiquei sem o livro também… Mas meu repertório de piadas sujas aumentou ao ponto da minha mãe ter que mandar eu parar de contar para vizinhos e parentes. sim, eu só tinha 10 anos e os anos 80 e 90 foram tenebrosos.

Esse livro proibido de Ary Toledo foi um marco para mim pois, por algum motivo, sempre adorei ver o quanto as pessoas riam com ele… e não DELE. Era uma fase que comecei a sofrer bullying na escola e não entendia o que acontecia, anos mais tarde um psicólogo afirmou que peguei esse humor para – provavelmente – me defender de alguma forma… Sem mencionar que também era uma ferramenta para ser aceito também.

Não conto piadas bem, não sou como Ary Toledo e nunca serei… Mas no último podcast elaboramos aqui em casa um plano perfeito para deixar todo mundo constrangido com algo absurdo. Era para ser algo engraçado e, quem sabe, virar meme na nossa comunidade.

Quem sabe essa foi uma herança de alguém que me fez rir e sorrir – mesmo sem entender a maioria das coisas que falava… Talvez como eu tente fazer hoje em dia.

Pensamento do Dia

COMI UM POTE DDE MAIONESE no farofeiros cast - PENSAMENTO - blog FAROFEIROS

A vida não é justa, por isso um pote de maionese sempre pode cair bem.

Por Rodrigo Castro

Debochado e inconveniente. Escritor, roteirista e designer de brincadeirinha.

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