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Internet de escada

Estou usando internet de escada pois não sei o que é algo discado.

Farofeiros, farofeires e farofeiras, a internet de escada é a internet padrão do brasileiro. Não há elevador, fibra ótica, foguete ou portal interdimensional que faça alguém ter uma conexão lisa e com valores de download e upload estáveis. Por isso a escada.

E não é uma escada rolante, nem de alumínio, é uma daquelas de madeira velha, bem desforme, que já foi concertada de maneira precária diversas vezes. Tal ineficiência se torna seu principal aliado as vezes, fazendo determinado movimento você sabe para qual lado a escada poderá cair. É o mesmo caso da internet de escada, basta ligar o torrent e tudo cai.

Não há solução fácil e barata, para a instauração da internet trem bala é preciso que os trilhos sejam instalados. E sabemos que nenhuma empresa será boazinha de fazer isso em nome do bem da população, então por que então confiamos em empresas para nos dar internet?

Aliás, para viver você só consegue se tem dinheiro: água, luz, esgoto, telefone, internet, materiais essenciais para o ser humano que ainda são escassos no Brasil. Pelo visto dar o mínimo de conforto ao trabalhador não é o que a empresa considera como investimento que possa retornar lucro.

Mas podemos ir além, imagine jogar jogos de videogames online mas offline! Imagine usar um editor de imagens sem ter que logar na porcaria da Creative Cloud. Imagine usar um editor de textos com auto-salvamento no seu próprio PC? Seria revolucionário demais ou apenas mais seguro?

Redes sociais sem a internet ficaram melhores, assim ninguém iria ter que ver sua opinião absurda sobre alguém a apoia fascismo.

Enquanto a internet trem bala não chega acredito que irei mudar para a internet ladeira. Escada tá caro também ultimamente. Saudades também de quando a inspiração vem à galope.

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Toda segunda tem um pensamento, mas se você pedir tem beijo do gordo também.

Por Rodrigo Castro

Debochado e inconveniente. Escritor, roteirista e designer de brincadeirinha.

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