Em Wolverine #148 (2000) podemos ver que não é preciso de muita coisa para um gibi ser divertido!
Há muito se fala da atual crise dos quadrinhos: seres anabolizados sem conteúdo nenhum. Wolverine #148 da Marvel Comics poderia ser diferente?
A maioria de nós esquece que existem coisas boas neste gênero… são poucas, mas existem. A maioria das coisas boas normalmente vem de editoras pequenas, mas de vez em quando as grandes conseguem acertar a mão em algo inusitado.
O exemplo é um dos gibis que mais gosto apesar de se passar dentro de uma saga “nebulosa” dos títulos da Marvel Comics. Direto de Ages of Apocalypse (NÃO é o Age of Apocalypse) o quadrinho Wolverine #148 (2000) traz o “novo” Quarteto Fantástico. O Quarteto aqui não é o que você está acostumado a ver: Bruce Banner/Hulk, Peter Parker/Homem-Aranha, Wolverine (óbvio!) e Motoqueiro Fantasma.
A capa é de Eric Larsen, a história é dele também… SIM ele é o senhor das HQs divertidas. Os desenhos são de um cara de dispensa apresentações, o brasileiro Roger Cruz. O roteiro e os desenhos estão ótimos, mas nada pirotécnico, do jeito que tem que ser sempre. A Marvel não deu o devido tratamento nas cores que estão HORRÍVEIS… pra não falar coisa pior…
Não irei contar a história, mas os mocinhos vencem no final (+-), mas o final desta edição não é o importante. O que realmente importa está nas entrelinhas. Por exemplo: May Parker (não é a tia May viu!) subindo pelas paredes… assim como papai. Wolverine apaixonado por uma garçonete (na boa, isso é a cara dele!), o Motoqueiro Fantasma caindo numa armadilha como uma mocinha, o Hulk mudando de personalidade constantemente (Hulk selvagem, Hulk Bruce Banner, Hulk Sr. Tira-teima… estão todos em um, principalmente quando o selvagem lembra do nanico Wolverine e fala que vai esmagá-lo) e como a Mary Jane tenta, sem sucesso, chamar a atenção dos ratos de laboratório Peter e Bruce.
A HQ para ser boa não precisa ser adulta, precisa ser apenas divertida;