Farofeiros e farofeiras,
Dentro da enormidade dos afazeres, deveres, obrigações, tagarelices e demais fatores adjacentes os comunico-os que tudo que planejei, como forma de protesto do universo e sua falta de bom humor, foi por água abaixo.
Meus amigos se não moram na praia, irão para lá, meus inimigos não respondem meus emails, minhas namoradas conseguem ser mais enroladas do que eu. Estaria eu fadado ao fado amargurado de sofrer a solidão de passar o tempo que passa até passar o tempo ao lado da pessoa que vejo em reflexos espelhados?
Sim, tudo realmente estava perdido até que o inferno mandou um anjo de calcinha e sutiã me fazendo propostas indecentes e, por sua vez, irrecusáveis.
De forma animalesca e insensata aceitei um convite doentio, cartunesco, imprevisível, inimaginável e extremamente sedutor, daqueles onde a mulher não precisa falar nada para que o homem, pobre coitado, case-se e diga que é o amor da vida da rapariga em troca de algo intangível.
O interessante desse tipo de proposta indecente é que ela é irrecusável e, inegavelmente, é obrigatória o aceite junto da confirmação de qualquer ser disposto a subjugar-se aos deleites estipulados pela chantagista com viés de terrorista.
Porém acredito que justamente as chantagistas e terroristas são as que mais me atraem, sem precisar abrir a boca ou comandar algo lhes obedeço com todo prazer. Muito destaque para esta palavra, o prazer. Ele sim é o motivador maior de toda a existência. As plantas precisaram ser mais doces para que os animais a degustassem, e tal mecanismo funciona com os seres cientes também, afinal, quem nega algo quando lhe é pedido com doçura?
Mas, como em todo o lugar no mundo animal, existe uma intenção por trás de tanta doçura, seria veneno? Afinal, eu morrendo ali meu corpo entraria em decomposição e viraria um substancioso adubo para essa doçura de, digamos, planta. Mas repito, quem irá se negar tal prazer mesmo que o leve a morte?
Muitas perguntas para a última segunda-feira de 2013. Espero que 2014 traga as respostas.
Pensamento do Dia: “CADÊ AS BOLAS?” Vou apenas deixar essa mensagem aqui e esperar que a autora se entregue ou que caia no esquecimento. Amém.
