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Disney processa Midjourney por direitos autorais

Pelo visto a era de ouro (falso) das IAs pode ter encontrado seu fim graças à quantidade de pessoas que ficam gerando imagens do Homem de Ferro. Depois de algumas trocas de e-mail a Disney processa Midjourney por direitos autorais junto da Universal… Grande dia?

O resumo trazido por Ed Zitron sobre o processo é interessante por mostrar como a reinvindicação de direitos autorais pelos conglomerados de comunicação é tratada diferente das de artistas independentes. Porém mostra também a ingenuidade do Midjourney que em 2022 chegou a declarar que não haveria nenhum interesse da empresa em atender demandas de copyright. Tal declaração é anexada ao processo inclusive.

Tanto da Disney como a Universal buscam liminar e indenização contra Midjourney, sim querem dinheiro da empresa de IA. A Midjourney é acusada de utilizar obras protegidas por direitos autorais para treinamento de IA – vasculhando a internet atrás dessas imagens inclusive, de maneira ativa.

Porém, talvez a parte mais interessante de toda a declaração é quando o presidente jurídico da Disney chama o processo das IA de pirataria: “Estamos otimistas com a promessa da tecnologia de IA e otimistas sobre como ela pode ser usada com responsabilidade como uma ferramenta para promover a criatividade humana, mas pirataria é pirataria, e o fato de ser feita por uma empresa de IA não a torna menos infratora.” Afirmou Horacio Gutierrez, em comunicado.

Homem de Ferro - Tony Stark - Blog Farofeiros

Hoje IAs como o ChatGPT bloqueia gerações com elementos protegidos por copyright e/ou direitos autorais – ou alguns pelo menos. Itens que envolvem imagens da Marvel, por exemplo, não são geradas normalmente hoje.

Na ação ainda é possível notar que o processo de geração de imagens de IA não é nada transformador, mas cópias exatas… E quem está falando isso são os conglomerados Walt Disney e Universal, certamente não é apenas o dinheiro que eles querem.

Essa briga pode acender sinais no mundo todo quanto à legislação para regulação de IAs e, principalmente, proteger o trabalho de artistas… Não só os produtos de megacorporações. Ainda é cedo para dar qualquer palpite, mas finalmente temos uma boa notícia para tentar dar um fim ao “poço sem fundo de plágio” (palavras utilizadas no processo também!).

Por Rodrigo Castro

Debochado e inconveniente. Escritor, roteirista e designer de brincadeirinha.

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