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Dificuldade

A dificuldade do jogo da vida varia, para cada um é diferente.

Farofeiros, farofeiras e farofeires, não escolhemos a dificuldade de nossas vidas. Escolhem para gente muito antes de nascermos e raramente chegamos ao modo fácil se maneira que não se cometa crimes (e que não seja pego também).

Essa herança, para nós, pode ser considerada maldita. Para outros significa uma “cultura limpa“, aquela que gente rica quer destruir para afetar os direitos dos trabalhadores… Menos direitos para o trabalhador resulta em mais lucro. É sempre assim.

A situação que eu e você passamos no dia a dia – seja na falta de dinheiro para pagar as contas, ou o aumento do valor da conta de água de empresa privatizada – faz parte de um sistema criado para nos amassar, para nos destruir. Tudo isso enquanto você não tem dinheiro suficiente para fazer o que quer, nem o que precisa. O político que privatizou sai no lucro, a empresa sai no lucro… E a gente?

Hollow Knight - Silksong - blog FAROFEIROS

E isso por que nem vou entrar no mérito de Hollow Knight: Silksong... Afinal os desenvolvedores tinham uma visão do seu jogo, mas não reclamam de mods que possam diminuir a dificuldade… Ou seria facilitar o jogo?

Apesar dessa comparação, não acredito que a vida seja um jogo. Se for é um RPG de gosto bem duvidoso e com mecânicas pouco acessíveis. Os gráficos poderiam ser melhores também.

Ainda por cima o vilão, o chefe final, não seria um dragão com dez cabeças e doze chifres. O parry não é bom e tem muita microtransação, obviamente se a vida é um jogo trata-se de um game p2w, o famoso pague para ganhar. Sem mencionar que trapaças existem aos montes.

Com dinheiro você é mais saudável, logo tem mais health points… E é possível até ganhar níveis de habilidades que a maioria nunca iria ter acesso. E como se consegue dinheiro? Bem, trabalhando oito horas por dia é que não é, herdeiros, milionários e bilionários tem algo em comum: obrigam os outros a trabalhar oito horas por dia em escala 6×1.

A mecânica que rege o nosso tempo de vida não deveria ser um jogo. Afinal, só temos uma vida.

Por Rodrigo Castro

Debochado e inconveniente. Escritor, roteirista e designer de brincadeirinha.

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