Farofeiros e farofeiras,
Quem abita meu intimo corriqueiro dia a dia sabe que sou extremamente cheio de manias e coisas e tal. Entre essas coisas e tal que possuo engloba um hábito interessante e constante de utilizar sempre aos fins de semana em casa a mesma camiseta, a minha amada camiseta de fim de semana. Fora presenteado com uma camiseta preta básica mas de um tecido sofisticadíssimo e com um conforto que transborda por suas mangas esgarçadas. Como gostei ganhei outra. Como gostei de ganhar outra acabei ganhando mais uma. Acabei comprando mais duas. Por um bom tempo as pessoas acham que me viam sempre com a mesma camiseta mas era diferentes e as usava constantemente.
Isso ocorreu faz alguns anos, as camisetas saíram de moda, esgarçaram e uma (coitada) acabei perdendo em alguma viagem maluca com meus amigos malucos em algum lugar maluco. Não sei qual destino dar às camisetas, continuam confortáveis mais tenho vergonha de sair de chinelo, bermuda e essa camiseta para ir pegar pizza no domingo a noite. Tá feia a coisa, a maioria delas está tão cumprida que parecem vestidos. Vestidos curtos, mas se parece sim.
Tenho usado uma camiseta após a outra nos finais de semana que passo em casa coçando meu divino saco ou fazendo alguma reforma interna pois, afinal, sou desse tipo de pessoa que faz gambiarras para solucionar problemas dentro de casa. Ontem mesmo fiz duas prateleiras com restos de materiais deixados pelas empresas que fizeram uns serviços para mim, uma delas tenho medo que acabe caindo, a outra não tem esse perigo mas está feia demais. E sim, fiz tudo isso usando uma camiseta confortável, que parece um vestido e tenho vergonha de levar o lixo usando-a.
Aliás, escrevo este texto usando uma delas, lavei a louça do jantar de ontem usando a mesma camiseta. Como vou me desfazer de algo horrível mas que amo?
Pensamento do Dia: “Nós caímos pois alguém nos empurra. Nos levantamos para empurrar de volta.” GRAYSON, Dick