Como o James Cameron gravou um filme com seres de outro planeta embaixo d’água em Avatar: O Caminho da Água?
Assisti Avatar: O Caminho da Água e fiquei surpreso com a altíssima qualidade dos efeitos especiais. Não acho que o filme fará o sucesso do primeiro visto que há 13 anos os efeitos visuais mostrados eram realmente revolucionários para história do Cinema. Mas, me chama a atenção como ainda podemos ter gratas surpresas quanto a efeitos computadorizados.
Salvo uma ou outra cena, durante todo o filme tive a impressão de que sim, tudo o que via em tela era real. Real mesmo! Consegui imaginar até a sensação tátil de certos elementos. As cenas subaquáticas e dos animais marinhos são fenomenais.
Agora, se James Cameron ousou ir para outro planeta e filmar seres vivos debaixo da água, ele com certeza não teve muita preocupação com o roteiro. Não tenho nem muito o que discorrer sobre a história contada em si, é um repeteco do primeiro filme com boas atuações. Nada muito além disso.
Avatar sempre foi sobre uma experiência visual. É sobre até onde podemos subir o sarrafo dos efeitos digitais em uma película. Em dado momento do filme, ali pela metade, a história principal parece até ser colocada de lado como se o diretor dissesse: “Tá bom, eu já volto para o que estava contando pra vocês, eu só quero mostrar aqui, por uma hora ou mais, como tudo isso ficou bonito”.
E sabe de uma coisa? Funciona. Não acho que o espectador foi ver avatar para engajar com os personagens, com o roteiro ou com as emoções e catarses que o filme emula. O espectador quer ver o mamífero gigante nativo nadando embaixo d’água a ponto de ser convencido de que se trata de um animal existente na nossa realidade, com dimensão, proporção, textura e sons reais.
Avatar: O Caminho da Água é tão real quanto o real e tão sem história quanto o primeiro filme de 2009.
Wakanda para Sempre é muito melhor.