A GamePro, uma das revistas gringas sobre vídeo games de maior renome, que conseguiu sobreviver aos trancos e barrancos finalmente entregou os pontos… Em sua época áurea o logotipo brilhava e indicava qualidade e novidade. A SuperGamePower, revista de games brasileira de maior sucesso da história das publicações, era representante oficial da marca no Brasil. Outras publicações copiavam dali também, com ou sem autorização a GamePro ditava o estilo e as regras para se falar de games em boa parte do mundo.
Até pouco tempo atrás era comum você jogar videogame com uma revista do lado: seja por conta de um guia, dicas, passwords ou simplesmente entretenimento entre um load screen e outro. A internet acabou com isso. Guias online feito por usuários ou até sites especializados disponíveis a qualquer momento e de forma gratuita.
Uma publicação que depende da compra dela e de anunciantes não consegue concorrer mensalmente com algo assim.
Parece que ano passado até sofreu uma reformulação, mas nada que conseguisse mudar o fatídico… O site também não aguentou muito. Não foi só a GamePro que sentiu essa pancada na boca do estômago, diversas outras publicações menos expressivas não aguentaram também. Nem vou exemplificar o que acontece no Brasil pois as coisas quebram aqui sem precisar ter uma crise.
Infelizmente as publicações tentam sobreviver empurrando a mesma fórmula de vinte anos atrás, a mudança ou migração de mídia não garante sucesso também, é necessário redescobrir o público, ousar e ter sorte. A internet banalizou as informações que a GamePro trazia com “exclusividade”. Com uma simples googlada você acha todos os Fatalities de qualquer Mortal Kombat, sem ter que esperar o mês que vem para completar a lista publicada pela metade.
Novidades? O produtor não precisa dar exclusividade em algum anuncio se ele pode fazê-lo em seu blog pessoal. Códigos? Um cara de algum vilarejo na Europa fez o data mining e publicou em uma rede social… deu para sentir o drama?
Ouso dizer que a morte da GamePro foi em vão… não fará falta alguma… e se alguém sentir falta poderá procurar por imagens velhas na internet. Mas quem irá procurar?
Vou colocar tudo no meu pen drive do Zelda.
Uma resposta em “Era uma vez a GamePro”
É triste isso… eu sempre comprava revistas de games, mas faz um bom tempo que simplesmente parei e nem me dei conta. Eis uma das pragas da internet: as revistas chegam velhas nas bancas! Já aconteceu de eu ver notícia “quente” em revista de games que havia lido na internet uns 2 meses antes!