Oi, eu sou um doentinho vagabundo.
Farofeiros, farofeires e farofeiras, você não faz ideia de quantas vezes fui chamado de doentinho vagabundo e suas variações (e são diversas sinônimos usados). Tal impropério é usado por pessoas que sabem bastante da minha intimidade visando um ataque afiado em minha moral.
Normalmente isso parte algo dentro de mim, e quando isso acontece minha vida toma uma guinada diferente da que seguia. Já aconteceu de tudo nesses pontos específicos daminha vida: já fui chifrado e largado, ignorado e cobrado de maneira estupidamente ignorante.
Se você é novo por aqui não deve saber que minha vida infelizmente foi balizada por uma doença chamada Síndrome de Lyme. Algo extremamente raro, de difícil diagnóstico, potencialmente fatal que, quando não mata, deixa pesadas sequelas. Segundo o estudo Baggio-Yoshinari da Lyme-simile (ou borreliose) existe a possibilidade de ter sido infectado quando criança e a doença só ter brotado no início dessa década.
Sim, estava doente a vida inteira de uma coisa que só descobriram “por sorte” quando cheguei na casa dos 30. Mas aqui me encontro, na casa dos 40, com sintomas que lembram a doença que me “segurou” a vida toda… E não tem muito o que fazer quando eu mancava, a não ser comprar uma bengala do Dr. House.
As sequelas se manifestam de diversas maneiras e em intensidades irregulares, não é possível uma rotina nem afirmar com certeza como vou me sentir. O doentinho vagabundo acaba deixando compromissos de lado, oportunidades de outro por conta disso.
Algumas pessoas ao meu redor entendem plenamente minha situação, outras não. Algumas pessoas ao meu redor entendem plenamente minha situação por um tempo, outras nem tentam.
Desculpe pelo desabafo, mas confesso que odeio falar dessa maldita doença, odeio me expor dessa maneira, mas enfim. Este sou eu.
O que vai acontecer dessa vez?
Pensamento do Dia
Woodstock 99 e 20 anos de blog enquanto curto um bolero com satã? Que delícia.
