Somos números o tempo todo e não sei se isso é bom.
Farofeiros, farofeiras e farofeires, todos os dias e quase o tempo todo falo de números. Em diversas conversas só falo disso: de juros cobrados pelo banco, de preços das coisas, quantidade de acessos, pessoas me xingando, tempo de visualização, andar do prédio, tempo de duração. Todos nós somos números.
Nós somos números e, muitas vezes, somos reduzidos à isso, mas alguns números chamam mais atenção que outros. Quer um exemplo?
25.000.000.000, esse número enorme é a quantidade de dinheiro que o ex-CEO da Americanas teria fraudado. Segundo Miguel Gutierrez tudo o que ele fazia era obedecer a Carlos Alberto Sucupira, bilionário com uma fortuna estimada em R$ 41.000.000.000. Gente muito rica, gente com muito dinheiro muitos bens e estão fazendo isso a anos… E estavam livres até a semana passada.
Agora, se você deve um número para a empresa de energia elétrica, digamos que seja 250, o que acontece?
Se você que está lendo este texto ficar devendo R$ 250 para qualquer um seu nome será negativado e ainda perdera score. Sem mencionar que, obviamente, as chances de você ter que pagar um sanduíche para o funcionário da empresa não cortar sua energia elétrica é enorme.
Precisamos de números para sermos números e ganhar mais números. E existe quem acredita que esses números não precisam ser mais bem distribuídos.
Neste momento que escrevo palavras, aperto botões, um sistema conta a quantidade de palavras para avaliar se o texto tem palavras o suficiente para receber mais pessoas para ler o que escrevo. Algoritmos transformam o que faço em números e nenhum deles gosta do que faço, afinal, somos números.
Não me esforço para melhorá-los, mas não por falta de trabalho, mas por falta de paciência de criar conteúdo enlatado, igual ao que outros 39843099 produtores fazem. Porém, preciso de números na carteira.
Pensamento do Dia
Sem tempo para frear essa louca corrida rumo ao abismo.