Neste pensamento mostro como ser diferente é bala.
Farofeiros, farofeires e farofeiras, ser diferente é bala e acredito que este seja o momento oportuno para apontar e elucidar questões quanto a isso. A normalidade é algo excessivamente escasso, afinal todos nascem dentro de determinada normalidade – aparentemente – e apenas com os anos as diferenças realmente brotam de nos destaca ou apenas nos marca junto ao restante do gado.
O termo é criação de Clara Matheus, doutoranda em literatura e uma das mentes do Mimimidias, um dos canais que tenho mais recomendado nos últimos meses. Durante uma live onde ela tentava adivinhar o significado de um desenho surgiu a pérola e tive que adotá-la e dar-lhe sentido.
Por experiência própria, por algum motivo, nunca consegui me enquadrar no que pode ser chamado de normal. Uma época fui caçoado por usar óculos, anos depois por ler gibis dos X-Men, tempos depois ainda por ter demorado para aprender a dirigir. O quanto essas futilidades foram usadas para me afetar psicologicamente ou socialmente é algo difícil de mensurar, não direi que são traumas, mas afetaram de alguma forma.
Na verdade nunca tive problemas em usar óculos, apesar de alguns modelos de armação me incomodarem bastante. Passei dos 40 anos e continuo lendo gibi dos X-Men e não aguento mais dirigir, queria não precisar ter um carro também. Acho que tenho alergia à transito de grandes centros urbanos brasileiros.
Tudo isto para dizer que nada me impediu de fazer o que queria e como queria. Tá certo que hoje acredito que deveria ter feito outra faculdade, ou então deveria ter me dedicado mais à desenhar… Mas acredito que estes são exemplos de arrependimentos normais na vida de qualquer pessoa que pôde escolher o que estudar. Sim, nada deu muito certo e hoje meu hobby é o que gostaria que me desse algum dinheiro. Quem sabe um dia.
Por isso tudo que acredito que ser diferente é bala, se fosse ser apenas como qualquer um outro seria fácil demais. Teria feito administração, estaria em uma empresa grande apenas planejando como e quando conseguiria pagar todas minhas dívidas para me aposentar daqui uns 30 anos. Pois é, viva a democracia e a habilidade de eleger alguém que quer você morto.
Pensamento do Dia
A ansiedade ainda está em alta aqui, mas tá passando
3 respostas em “Ser diferente é bala”
Se me sinto representado, cai por terra a teoria que você é diferente? ou fazemos parte de um grupo muito exclusivo de escravos de óticas e pedestres felizes (no meu caso eu consigo me eximir da necessidade de dirigir automóveis)?
Sim.
[…] Toda segunda feira ler esse tipo de pensamento te deixa bala. […]