É gente, quase que a terceira temporada de What If…? fica boa… No final não fica.
Terminei de assistir a terceira temporada de What If…? faz uns cinco minutos e tudo o que consigo pensar é em vir aqui despejar minha frustração com a animação. Conseguiram tecer algo interessante, com personagens pouco explorados mas interessantes, conseguiram criar algo novo. Mas falharam no final. Nem dá para falar que sua posição melhora o todo no ranking de séries da Marvel Studios.
Não pude acreditar que a filha de Howard o Pato e Darci fosse se tornar uma personagem tão bacana. O carisma da Capitã Carter ainda me pega desprevenido, é estranho gostar dessa personagem banderosa. A novata dos povos originários norte-americanos tem uma boa presença… Mas agora colocar em destaque Tempesta, a deusa do trovão é algo que fizeram minhas moléculas tremerem. É uma equipe de respeito mesmo que criada especialmente para a animação.
E o que falar do Vigia, esse ser sem carisma que resolve salvar o multiverso de algo que ele mesmo criou?
O multiverso Marvel foi mais bem tratado nessa série do que nos quadrinhos. Para mim é triste constatar isso, afinal são mais de trinta anos colecionando quadrinhos que mostravam que para remover a manopla do Infinito de Thanos tinham que distrair ele para o Surfista Prateado arrancar da mão dele. Sou apenas um sobrevivente de todas as Guerras Secretas… E nenhum personagem que queria apareceu na série.
O peso que X-Men’97 deu para as animações da Marvel deveria ter afetado de alguma maneira na terceira temporada de What If…?, mas não. Visualmente a animação continua um deslumbre, cada frame vale um quadro, ver personagens icônicos tão bem representados – visualmente falando.
As histórias individualmente de cada episódio trabalham bem, mas como um todo o Vigia não funciona como cola para todas essas tramas. Infelizmente a animação atende uma parcela muito pequena do público que quer ver apenas versões alternativas de personagens coloridos sem se importar com o que aconteceria se algo fosse realmente levado à sério.
Afinal, nada é relevante.