Não suporto suporte técnico mas não vivo sem.
Farofeiros, farofeires e farofeiras, suporte técnico é uma coisa desgraçada – tanto para quem procura como para quem trabalha nele – mas é inegável que não posso viver sem. Nas últimas semanas procurei tantos deste serviço que neste momento estou perdido tamanha a quantidade de pedidos de suporte que fiz em três línguas diferentes.
Obviamente nem sempre são flores. Faz pouco tempo que tentei reativar minha conta no jogo Ragnarok Online e, meo deols, que sofrência. Para lidar com uma conta tive que procurar duas empresas diferentes para, no final, ninguém conseguir me ajudar com um terceiro problema do próprio jogo. Neste caso desisti rindo em desespero pois essa dor de cabeça pedi para ter.
No Farofeiros Cast já virou meme eu reclamar de alguma empresa por seu suporte ser tudo, menos técnico. Com internet aqui é assim, mas o problema é tão absurdo que só durante a gravação do podcast em dias e horários aleatórios o problema ocorre. A empresa de internet não identifica problema, eu não tenho como mostrar o problema… Então não tem problema. “Ah Rodrigo, manda um e-mail para o YouTube”, eu mandei. Eles falaram que o problema é a internet, e no serviço internet não identificam o problema e mesmo assim continuo com ele.
Isso sem mencionar que meu PC pode explodir a qualquer momento e a falta de patrocínio me faz procurar empresas que não deveriam receber publicidade. Uma vez uma dessas empresas me falou que ia dar um brinde e até faria um check-up em meu PC se o levasse para outra cidade bem distante da minha.
Outro serviço tenho aguardado cerca de uma hora e meia para cada resposta e perdi meu domingo olhando para a tela do computador dando F5 no e-mail aguardando uma resposta. Resolveu? Resolveu. Doeu? Muito.
As pessoas simplesmente não estão preparadas o suficiente para tirar as dúvidas – ou resolver os problemas – dos outros. Em contrapartida, é importante apontar, que as pessoas simplesmente não sabem pedir o que precisam da forma correta: seja quanto à educação, seja quanto a detalhes técnicos.
Imagine como seria o mundo se um atendente da operadora da sua internet te atendesse de imediato, sem esperar com gravação ruim com música brega. Imagina se um dia ele fala que resolveu o seu problema ao ver seu cadastro e o sistema já identificou a questão sem ter que reiniciar o modem, tirar os cabos e esperar por 30 segundos?
Talvez se o serviço fosse eficiente mesmo e houvesse a intenção real de entregá-lo não seria preciso suporte para reiniciar o modem quinze vezes antes de agendar uma visita do técnico.
Tô utópico hoje.
Pensamento do Dia
Pois é, sou essa pessoa adorável que não entende como nerdola não sabe ler e que fica lembrando os outros que não existe jornal sem partido.
3 respostas em “Odeio suporte técnico”
Rapaz, sua postagem me deu um alívio. Presto serviços, dou consultoria e dia desses pensei que eu precisava rever algumas coisas. Percebi que um cliente perdeu a paciência comigo, Explico: sou muito preocupado em passar todas as informações possíveis. Gosto de tudo nos mínimos detalhes, pra não ficar dúvida mesmo. Lendo seu relato, acho que, teoricamente estou no caminho certo, ou não? Enfim, como você mesmo diz que suporte técnico é uma coisa desgraçada – tanto para quem procura como para quem trabalha nele, sigo com minha didática. Ao menos não deixo o cliente sem saber o que precisa e tento resolver o problema o mais breve possível. Sigo em frente…
ESTOU SEM PALAVRAS WENDELL CONTINUE ASSIM BICHO!
Licença?
Trabalho consertando computadores (não consigo me considerar técnico pois não tenho formação, apenas um ou outro curso). E peguei seu texto em um link lá na Ursal (além de repassar em um Post Livre do “Manual do Usuário”).
Adorei este trecho aqui:
As pessoas simplesmente não estão preparadas o suficiente para tirar as dúvidas – ou resolver os problemas – dos outros. Em contrapartida, é importante apontar, que as pessoas simplesmente não sabem pedir o que precisam da forma correta: seja quanto à educação, seja quanto a detalhes técnicos.
Esse é um dos males na área: as pessoas não sabem pedir – até porque na verdade assim como quando falamos de automóveis por exemplo, as pessoas só querem dirigir de um ponto A ao ponto B. Quando usam um computador, internet ou celular, não querem ficar pensando toda hora nas entranhas da máquina. Apenas querem ler o blog como o de vocês, escutar o podcast (que admito que não escuto, mas eu sinceramente não gosto de escutar podcasts, aí é outra história), ver um vídeo, etc…
Me lembro em um passado distante que existiam pessoas que queriam (ironicamente, mas toda ironia tem um toque de necessidade real) criar a ideia de “uma carteira de habilitação para usar computadores”. Tipo, esse acaba sendo um problema sério:usar um equipamento deve ser tão simples e intuitivo quanto qualquer outra coisa intuitiva.
De fato, como “consertador”, meu foco é deixar o equipamento funcional e rápido – a mim me cabe entender a lógica de funcionamento e deixa-lo de acordo com a necessidade de quem me pede. Ao mesmo tempo, tenho que ser franco e dizer minhas limitações também. Canso-me de escutar pedidos para fazer coisas que não estão em minha alçada, seja por falta de conhecimento meu, seja porque não teria condições para fazer mesmo com conhecimento.
Enfim. O que me resta é ajudar o cliente até onde posso. E vamos que vamos. Se o cliente não consegue fazer certas coisas, tentar orienta-lo a achar o caminho para ele mesmo não só fazer aquela coisa como outras. Seja copiar um arquivo, mandar um e-mail (sim, muitas pessoas nem sabem fazer isso. :\ ) Enfim. Para isso existe o suporte. E vamos tentando levar como dá.
Peço desculpas pelo incômodo e sucesso.