Talvez você queria saber o que é Pluribus. Talvez você precise saber.
Falar sobre Pluribus me parece tão complicado do que explicar seu conceito. Inicialmente complicado, ficção científica, alienígenas, canibalismo, mas o final é apenas sobre pessoas.
O que parecia ser uma dominação alienígena que mostra a história de uma sobrevivente que, supostamente, é imune a dominação dos invasores. Aqueles que foram “absorvidos” estão presos ao cérebro coletivo. E não é preciso entrar em detalhes ou spoilers para se entender que a história de Carol, uma escritora de fantasia bem irritada, começa no ódio mas acaba se tornando algo mais íntimo.
A trama gira em torno de um organismo que se multiplica e toma conta da maioria dos seres humanos. A dominação aqui parece algo muito mais palatável (desculpa) por conta de não existir monstros amorfos, nem gosmas ou tiros laser. O organismo se comunica com os humanos que não puderam ser assimilados e sua motivação é a paz e a felicidade de todos os seres humanos.
A mente em colmeia faz toda a diferença: todos sabem tudo o que os outros fazem. O organismo também é incapaz de contrariar os humanos não assimilados afirmando que os ama. As cenas onde a movimentação de diversas pessoas sem se trombar, xingar ou reclamar são assustadoras, mas não por esses motivos. Os humanos dominados geralmente estão sorrindo e felizes em ajudar.


Ao longo de 9 episódios não pude identificar fillers, aparentemente todos episódios possuem uma mensagem, uma peça do quebra cabeças. Mas a dúvida é constante, seria Carol capaz de salvar o mundo todo?
A protagonista se mostra sagaz e na maior parte extremamente inteligente apesar de toda a frustração e álcool. Sim, há espaço para drama em uma trama que é praticamente uma novela de ficção científica.
O final da primeira temporada de Pluribus é uma bomba. Adorei.
Este texto foi escrito por um humano.
