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O Plano Infalível que Deu Errado

Era uma vez um grupo de amigos que decidiu brincar de golpe de Estado, como se estivessem num episódio ruim de um reality show de política. A ideia? Desacreditar a eleição, espalhar teorias conspiratórias e, no final, tentar continuar no poder. O problema? Bom, eles esqueceram que estavam lidando com um negócio chamado democracia, que, por incrível que pareça, tem regras.

Os Personagens Principais

  • Jair Bolsonaro – O ex-presidente que queria continuar presidente, custe o que custar.
  • Walter Braga Netto – O vice de Bolsonaro na chapa e fiel escudeiro da missão “se não for no voto, vai na força”.
  • Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Almir Garnier – Generais e almirantes que acharam que poderiam transformar o Exército em serviço de entrega de golpe.
  • Anderson Torres & Alexandre Ramagem – Os homens da segurança que não garantiram nem a si mesmos.
  • Silvinei Vasques – O ex-chefão da PRF que confundiu “fiscalização de trânsito” com “barreira eleitoral”.
  • Filipe Martins e seus aliados – A turma das fake news, responsável por transformar o WhatsApp em um parque de diversões da desinformação.
  • Mauro Cid & Assessores – O grupo que guardava manuscritos secretos do golpe como se fossem bilhetes de amor.

O Roteiro da Trama

  • De 2021 a 2023, a organização criminosa – ops, quer dizer, esse “grupo de amigos” – começou a tramar um plano genial:

Passo 1: Dizer que as urnas eletrônicas foram fraudadas, mesmo tendo sido eleitos por elas.

Passo 2: Convocar reuniões secretas para tentar convencer generais a embarcarem na maluquice (e gravar algumas delas).

Passo 3: Criar minutas de decretos para prender ministros do STF.

Passo 4: Convencer os seguidores a acamparem em frente aos quarteis pedindo intervenção militar (e talvez um lanchinho).

Passo 5: Usar a Polícia Rodoviária Federal para barrar eleitores de Lula no segundo turno.

Passo 6: Se tudo desse errado, criar o “Plano B” – ou melhor, o “Punhal Verde” – que incluía o assassinato de autoridades.

O Grande Fracasso

Acontece que o roteiro do golpe tinha algumas falhas, tipo:

  • O Exército, em geral, não topou embarcar na maluquice (afinal, golpe não paga décimo terceiro).
  • As fake news eram tão absurdas que nem parte dos eleitores do jair engoliram direito.
  • A PRF atrapalhou eleitores do Lula, especialmente no Nordeste, mas não o suficiente para mudar o resultado da eleição.
  • O 8 de janeiro foi um verdadeiro caos: os vândalos tiraram selfies, fizeram lives, roubaram objetos caros, destruíram obras de arte e ainda deixaram digitais em tudo.
  • O relatório das Forças Armadas não achou fraude nenhuma nas urnas.

Agora, a PF e a PGR juntaram as provas, apontaram os crimes e levaram a bronca para o STF. 

Os acusados? Mais de 30. As chances de darem certo? Menores do que um plano econômico do Guedes.

Moral da história: se for dar golpe, pelo menos não deixe provas e evite fazer live sobre isso.

Por Paola Costa

Professora, podcaster e palpiteira. Só falo de temas aleatórios, não reparem a bagunça (ou reparem).

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