O Palimpsesto do Espaço-Tempo não é uma muleta.
Farofeiros, farofeires e farofeiras, gosto quando algo da cultura pop me trás mais do que a mera diversão. A ideia de ensinar sem ser em uma sala de aula, mas em um gibi ou em um joguinho me atraí demais. Mas tem um problema nisso, por vezes me vejo pesquisando sobre algo extremamente complicado e que foi distorcido para justificar um enredo pobre. O Palimpsesto do Espaço-Tempo é o exemplo mais recente desse problema.
Estou tão revoltado com a escolha de caminhos para a história de um jogo (virá textão sobre ele inclusive – talvez vídeo) que tive que pesquisar para saber se o absurdo era só um absurdo.
Não entenda que estou criticando a teoria, ou a física teórica em si, não tenho envergadura moral ou cultural para isso. Meu problema é quando usam uma teoria absurda para justificar uma história capenga e de gosto duvidoso. Chamar de muleta argumentativa seria um elogio.
Para me orientar precisei pesquisar sobre um estudo científico chamado “The past and the future of the universe” de Stephen Hawking. Isso mesmo, aquele Stephen. E, não surpreendentemente, não entendi bulhufas pois meus conhecimentos de física teórica são uma piada boa e ruim ao mesmo tempo definida pela equação (x, t) = ??(k) exp[i(kx – ?t)] dk (essa fórmula é de Schrödinger, tá?).
Tentarei ser simples e direto na explicação. O Palimpsesto do Espaço-Tempo é uma teoria que sugere que o universo contém informações sobre eventos que ocorreram antes do Big Bang.
Imagine como se o universo fosse um livro e a primeira página está em branco. Nesta teoria podemos afirmar que é como se o Big Bang fosse uma borracha que teria apagado o que estava escrito a lápis. Assim, poderíamos dizer, que podemos ver vestígios de que havia algo escrito ali antes – mesmo sem ver claramente.
Por mais que hoje veja alguns problemas com algumas falas de Neil deGrasse Tyson é importante destacar essa conversa com Hawking. Talvez seja a melhor maneira que nós, curiosos, tenhamos para entender algumas coisas.
O Palimpsesto do Espaço-Tempo é uma teoria controversa entre os físicos… Mas o escritor achou uma excelente ideia escrever uma história ruim e confusa só para a teoria como justificativa.
Entre arquimedianos, presentismos e eternalismos afirmo que gosto de profundidade e conceitos relevantes nas histórias. O que não gosto é quando se usam tais argumentos como muletas para sustentar uma história extremamente ruim, sem alma e sem vontade. Contar histórias não são uma ciência, mas quando se faz de qualquer maneira fica feio demais.
Sim, eu tô muito puto com o joguinho confuso (QUE NÃO É DO HOMEM ARANHA), mas coachs e pseudocientistas devem usar isso tudo também. Inferno.
Pensamento do Dia
Aqui no Blog Farofeiros é assim, um dia a gente fala do que não estão entendendo sobre o Novo Ensino Médio e em seguida a gente fala de coincidência cósmica sem trocar de roupa.
