Vem ver o final do Dia do Julgamento! Ou não…
Mais uma saga da Marvel Comics termina e com ela vem a crítica do gibizeiro que não aguenta mais mega eventos cósmicos que não servem para absolutamente nada. Às vezes nem para renovar uns personagens por conta de um filme… O final de Dia do Julgamento foi bem decepcionante para mim.
A premissa era de colocar Vingadores contra X-Men contra Eternos e, por algumas edições funcionou muito bem. Apesar de não ter gostado do final há capítulos (principalmente em X-Men Red) que são ótimos. Mas aí aparece um novo deus e… Bom… Spoilers? Sim, muitos spoilers.
A seguir conto alguns detalhes de A X E – Judgment Day #6, publicado nos EUA pela Marvel Comics dia 26 de Outubro de 2022, escrito por Kieron Gillen e com arte de Velerio Schiti.
Diversos personagens foram criados para que essa trama tomasse corpo e, por final, até Thanos colocou suas digitais nessa treta. Tudo começou com Eternals: Thanos Rises quando o titã consegue se tornar o Prime Eternal. Isso deu abertura para que Druig agisse e tomasse o poder.
A ideia de colocar Eternos contra os X-Men, colocando os mutantes como descendentes dos deviants é uma ideia interessante narrativamente falando. No final seria mais uma guerra racial… Porém, nessa guerra de imortais, o processo de ressurreição mutante é limpo perto do dos Eternos: para um eterno reviver é preciso que um ser humano morra.
Desde que Ajak vende a ideia que a única maneira de impedir a máquina de guerra erguida por Druig seja a criação de um Celestial a coisa entornou. Sim, isso foi logo no início e me brochou.
A lição de moral é que todo dia é o dia do Julgamento Final não colou para mim. Sem mencionar que toda a destruição e morte foi desfeita como mágica. O Julgamento Final foi uma farsa no melhor das hipóteses, e o deus que criaram foi um protagonista interessante mas inepto na maior parte do tempo.
O Celestial criado com DNA do Tony Stark, tecnologia Celestial e genética do Sinistro simplesmente mudou de ideia no final. Nasceu e morreu sem fazer diferença.
Toda essa bagunça revitalizou os Eternos, talvez tenham modernizado para que mudanças no cinema venham com força. Ajak se tornou uma celestial diferentona, Sersi está morta (por enquanto), os Eternos pedem perdão à Krakoa formalmente (e dão acesso ao arsenal de Uranos por uma hora, exatamente o que destruiu Arakko)… E Druig? Bem, ele vai passar férias na prisão na mesma cela que Uranos.
Além disso, a bagunça de terem divulgado o processo de ressurreição mutante ao público gerou a Fundação Fênix. Uma fundação claramente CO MU NIS TA por priorizar o acesso de vulneráveis e pobres que foram abandonados pelo mundo para ser ressuscitado. Independente de classe social, raça ou crença e – isso é estranho – independente de Krakoa.
Minha paciência com essas mega-sagas que mudam um monte de coisa e ao mesmo tempo nada tem me cansado. E não é só na Marvel Comics isso viu…
Todo dia é Dia do Julgamento Final, e pronto.
