Já pensou se o Bruce Wayne usasse seu dinheiro em projetos sociais no lugar de se vestir de morcego?
Farofeiros, farofeires e farofeiras, Gotham City é uma cidade nos EUA que aparenta ser de outro lugar, mas não desse país. Decadente, corrupto e violento, ninguém tem uma solução simples para combater a miséria e o crime daquela metrópole. Então um playboy de luto e com medo de morcego decide se fantasiar à noite e sentar a porrada em todo mundo… Mas e se Bruce Wayne usasse seu dinheiro em projetos sociais?
Sou fã do personagem, mas não sou um estudioso e nem sei apontar claramente o fascismo do personagem. Em resumo, acredito que às vezes Batman é fascista, às vezes não. Esse fato limpa seus erros? Não limpa não, bate mas faz não funciona na DC Comics nem no mundo real… O único ponto dessa história que é questionável é que Batman e Bruce Wayne não existem, são os bonequinhos que fingem fazer o bem e, dependendo do autor, a coisa vai para um lado bom ou ruim.
Enquanto ter agentes para coibir e proteger as pessoas são importantes há algo muito mais eficiente e que atua de maneira permanente, não apenas no momento da ação: presença do estado. Fornecer saneamento básico, segurança, saúde, educação – entre outras obrigações do governo – já seriam suficiente mas que o individuo precise recorrer ao crime.
Cito então o artigo publicado pelo IPEA em 2016 que aponta o papel crucial que um adequado processo educacional pode exercer para o desenvolvimento infantojuvenil e para a prevenção aos crimes. Sim, educação para jovens previne crimes.
“A escola, que poderia ser a pedra fundamental transformadora para prevenir crimes no Brasil, termina não explorando determinados efeitos potenciais desejados, em face de um modelo educacional que não reconhece diferenças individuais e sociais e não conquista as mentes e os corações de crianças e jovens.” Troque Brasil por Gotham City e você vê a solução.
Segundo estimativas, graças à um golpe do Coringa, Bruce Wayne teria uma fortuna acumulada e distribuída por diversas empresas de cerca de US$ 110 Bilhões. E, só para constar, é muito menos do que o Tony Stark tem pelos cálculos que vemos pela internet.
Segundo este site, para você abrir uma escola particular nos EUA hoje, você precisaria de cerca de US$ 3.5 Milhões. Uso este dado sem um motivo técnico, apenas por ser um número elevado para se utilizar e, sempre lembrando, que Bruce Wayne não deveria cobrar para as pessoas ingressarem na escola, sim, o comunismo venceu aqui.
Utilizando os dados até o momento, se Bruce Wayne usasse seu dinheiro em projetos sociais ou escolas, ele conseguiria abrir 28.571 escolas só em Gotham City. Aí, no lugar de adotar órfãos, essas crianças teriam a chance de viver com seus próprios pais sem ter que sair na rua fantasiado para descer porrada em pobre.
Qual o motivo do herói (sic) preferir bater do que doar cestas básicas? Construir creches e escolas? Por que as pessoas acham que violência é uma solução viável quando tem gente morrendo de doença tratável e de abuso de poder?
Olhando de baixo, do ponto de vista do oprimido, vemos que Batman age como os vilões que combate.
Pensamento do Dia
Às vezes tem a Guerra dos Mundos de São Luís, às vezes elfo negro e às vezes tem eu reclamando de série espacial muito ruim que dói.