Categorias
Colunas

E o tempo passa

tempo

Farofeiros e farofeiras,

Escrevo este relato de recente atribulação diretamente de minha simples simplicidade que permite-me ver o quanto é simplória a simplicidade mais simples de tão simplesmente simples ser.

Gostoso, porém trágico, quando você encontra de maneira espontânea alguém que não quer ou simplesmente não espera. Quando a pessoa é de um passado distante então me faz indagar uma série de relações entre os seres vivos deste planeta que, apesar de covalente, não representa algo que deveria ser pragmático na esfera da abundância de informações que é a internet.

Entorpecentemente finalizei minha refeição suando devido a quantidade de carne e bacon adquiridas em um curto espaço de tempo, minha preocupação naquele momento era não desabotoar a calça para que meu estômago se auto acomodasse com o tijolo de restos mortais de animais suculentos e assados.

Tudo muito bem servido e satisfatório de uma maneira bem satisfatória.

Ao concluir o pagamento e de uma maneira bem sutil flertar com a atendente bonitinha me assustei ao olhar para trás e ver um casal dignamente feio. Mas não qualquer feio, feio da pior maneira, quando a pessoa tem condições financeiras e, financeiramente falando, poderia pagar para ser uma pessoa melhor e/ou mais bonita.

É o tipo de feiura que mostra a mesquinheza e o egocentrismo de alguém que passou de uma maneira errada pela sua vida mesmo que tal experiência tenha sido deveras fálica. Houve momentos bons, tudo bem, mas o que te levou até aquele lugar naquele momento foi algo diferente do que levou a pessoa ao mesmo lugar.

Quase que de uma maneira cósmica o destino era o mesmo, mas o caminho era bem diferente. Fica claro com uma analise visual, que a juventude que ainda te habita se esvaiu da outra pessoa a qual você tentava ser jovem junto. A total e completa e inteira transgressão e desespiritualização de valores antes importantes se mostram inexoravelmente alguém que pode fornecer conforto financeiro. Fui embora rindo da minha realidade capenga que é definitivamente melhor que a realização capenga de simplesmente não fazer nada e deixar o tempo passar!

E no final era tudo o que ela queria era uma poupança.

Pensamento do Dia:Água mole até que dura, tanto bate até que moleAINSTAIM – Alberto

Por Rodrigo Castro

Debochado e inconveniente. Escritor, roteirista e designer de brincadeirinha.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *