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Como a Vida Me Fez Professora (Mesmo Sem Eu Querer)

A vida tem dessas ironias: eu sempre admirei meus professores, achava o trabalho deles incrível, mas ser professora? Nem passava pela minha cabeça. Mesmo quando entrei no curso de Geografia, estava pensando em mil possibilidades, menos em dar aula. Mas, como sempre, o destino tinha outros planos (ou só estava rindo da minha cara).

De repente, lá estava eu, frente a frente com uma turma do ensino médio. E olha… fera muito nervosismo. Suor nas mãos, voz tremendo, alunos me encarando como se soubessem que eu estava mais perdida que eles. 

Com o tempo, fui pegando o jeito. Aprendi a me virar, a me conectar com os alunos e até a me divertir (às vezes às custas deles, mas com carinho, viu?). Descobri que ensinar ia muito além do conteúdo… era sobre entender pessoas, sobre improvisar e, claro, sobre não demonstrar pânico quando a turma toda olhava para você em silêncio.

Mas nem tudo era risada e lousa cheia. Lidar com a comunidade escolar foi um teste de paciência durante todos os 13 anos de sala de aula. Entre burocracia, falta de valorização e momentos dramáticos, percebi que a carreira de professora não era para mim. Não por falta de amor à profissão, mas porque os desafios extrapolavam a sala de aula e pesavam demais na balança.

Hoje sigo outro caminho, mas levo comigo muitas histórias e aprendizados. Ser professora me ensinou a ter jogo de cintura, a lidar com o inesperado e a desenvolver técnicas ninja para escapar de perguntas cabeludas. E, no fim das contas, a educação continua sendo um tema importante para mim. Afinal, uma vez professora, sempre professora – nem que seja só para corrigir erros de Geografia nos grupos de WhatsApp.

Por Paola Costa

Professora, podcaster e palpiteira. Só falo de temas aleatórios, não reparem a bagunça (ou reparem).

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