O Carnaval Pós Pandemia aconteceu finalmente.
Farofeiros, farofeires e farofeiras, alegria alegria, folia folia, finalmente tivemos o tal Carnaval Pós Pandemia (mesmo sem sabermos se a pandemia de COVID 19 acabou mesmo). Todo mundo precisa de uma festa, de se divertir, principalmente o povo que mais sofre com a situação que o país passa. A gente não quer só comida no final de contas, mas é complicado quando não tem comida também.
Não sou de comemorar carnaval nem nada do tipo, mas já fui em micaretas e bloquinho infantil. Na verdade a palavra sambar não consta no meu dicionário, inclusive sou proibido por decreto de tentar sambar em uns seis estados brasileiros. A coisa é complicada.
Alguma chamam o carnaval da festa mais democrática que existe, afinal você pode gastar todo seu salário em um camarote. Mas também é possível ligar a caixa de som com o seu samba enredo favorito e simplesmente sambar com quem você quiser.
O brilho das escolas de samba sempre foi algo que me fascinou. A quantidade de pessoas se dedicando para colocar aquelas alegorias gigantescas na rua é fantástico. Sem contar a musicalidade ancestral, os batuques dos negros no Brasil, a mistura que criou o brasileiro faz barulho.
Então ver o povo na rua xingando o Bolsonero enquanto dança feliz é uma das melhores imagens que poderia ver neste fim de semana. Contra o racismo, contra a política de contra os povo originários cantava-se. Contra a discriminação religiosa, contra o fogo na Amazônia e contra o garimpo ilegal. Por Wakanda e pelo fim da desigualdade social.
O sofrimento transformado em alegria e força para continuar lutando com um sorriso nos lábios. Contra aqueles que precisam da pobreza e da miséria para se estabelecerem e continuarem mais inalcançáveis. Isso sim é música subversiva, a resistência no tambor!
Infelizmente não tive o meu Carnaval Pós Pandemia esse ano, pelo menos um realmente bom. Mas fiquei feliz pelo que vi, parabéns para quem não baixa a cabeça pra fascista nem na hora de cantar.
Pensamento do Dia
Vermelho na pele dos meus heróis, amém. Bem, pelo menos é esta minha opinião.