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Tudo morre

Tudo morre

A citação “Tudo morre” apesar de usada constantemente na literatura e na música é título e abertura de uma fase que me marcou muito nos quadrinhos recentes. Trata-se de uma fala de abertura que reverberou por algum tempo em New Avengers de Jonathan Hickman de 2013 (nos EUA).

Tudo morre. Você. Eu. Todos neste planeta. Nosso sol. Nossa galáxia. E, eventualmente, o próprio universo. Isto é simplesmente como as coisas são. É inevitável e eu aceito isso.

O que não vou tolerar – o que considero inaceitável – é a aceleração anormal desse fim.

Os quadrinhos são sempre considerados uma mídia que visa crianças e, os adultos (ou jovens adultos) que gostam são considerados infantilizados e chacoteados. A minha adolescência e de muitos amigos atuais foi assim, aposto que a sua também foi. Porém não considero esta lição algo infantil e, acredito, ser muito apropriado para o momento que passamos aqui por esta fria e desolada praia no fundo escuro da internet, um lugar que definitivamente tudo morre.

Tentamos de um jeito, tentamos de outro, paramos, lançaram um filme com o nome do nosso blog, baniram uma de nossas contas no twitter (por motivos técnicos da rede social, aí fizemos um novo), xingamos a rede social do Zuck e continuamos aqui, do mesmo jeito. Aliás, do mesmo jeito não. O Rockerz agora transmite na Twitch o que ele joga com o Timbricius e o Lucto enquanto fica bêbado.

Tudo Morre - Tudo Vive - Deus Sol - Sun God - Marvel Comics

Querendo ou não ganhamos muita experiencia com tudo isso, apesar de termos conseguido zero dinheiros.

Nas imagens deste artigo não é Reed Richards do Quarteto Fantástico obviamente. É um dos seres que se opõe às incursões propostas pelos heróis do antigo universo 616 da Marvel. Este é um pseu-clone do Superman que morre no final, o Deus Sol da Terra – 4.290.001. Durante a saga ele funciona como um oposto de Reed Richards e ainda dá uma surra no Hulk.

Tudo morre, inevitavelmente, mas não vou aceitar essa aceleração do fim do Farofeiros. Sempre fomos unidos por sermos amigos que querem falar nerdices, merdas ou até piadas, é o nosso canto na internet. Nós não morremos (ainda) então por que deveríamos matar o blog? Realmente não há motivo, já não ganhamos dinheiro com ele mesmo, o que vai mudar se o matarmos?

Bem, no meu caso vou economizar R$ 50 por mês. Isto só paga uma cerveja e meia da que gosto de comprar no bar alemão super valorizado aqui perto de casa que o proprietário é um japonês.

Pensamento do Dia

Tudo vive
– Deus Sol

Toda segunda feira venho com algum pensamento sobre golpes e gente legal com sorriso na cara.

Por Rodrigo Castro

Debochado e inconveniente. Escritor, roteirista e designer de brincadeirinha.

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