Não há simetria

Não há simetria no bolsoterrorismo.

Não há simetria enquanto um lado morre de fome e é assassinado.

É um massacre projetado. Tudo planejado e orquestrado com o Supremo, com tudo. 

Ao passo que ficamos com medo e deixamos de reagir (não de forma meramente reativa, mas de emplacar nossas pautas e defender o que nos é de mais estima) eles se sentem vitoriosos. 

É um trunfo, uma medalha de mérito, um troféu a ser carregado a cada conta progressista que é apagada, trancada ou silenciada.

Quantas mortes ainda teremos que chorar?

Quantas mortes vamos suportar chorar?

Quantos mais terão que morrer?

Quantos assassinatos iremos suportar?

Quantas Mairelles e Andersons perderemos?

Quantos Mestres Moa? Quantas Layssas? Quantas Priscillas? Quantos Evaldos?

Quantos Genivaldos, Brunos, Doms deixarão de ver sua família?

E por que o Marcelo não tem o direito de saber nenhuma dessas respostas? Por que Marcelo não vai poder comemorar mais um ano de vida? Por que Marcelo não vai poder beijar seus filhos? Por que Marcelo tem menos direito à vida do que eu e você?

Você e eu vamos esperar sentados a cobrança ou vamos pagar o preço por termos um genocida comandando o país?

Enquanto um lado se arma o outro olha. Isso não é uma guerra, é um massacre anunciado. 

Ontem foi dia de luto, hoje e amanhã serão dias de luta.