Bagunça, zoeira e confusão em Iron Man #600
Depois do que li em Action Comics #1000 acreditei que tinha sido o pior que podia acontecer à um número histórico de um gibi. Isso até ler Iron Man #600 que saiu hoje nos EUA e eu não poderia estar mais surpreso com o tamanho da confusão em uma só HQ.
Sei que os quadrinhos de super herói chutam o balde com gosto e com uma frequência absurda. Sei também que existem diversos tipo de de leitores para serem atingidos e eu provavelmente não sou um deles. Mas o que a Marvel Comics fez dessa vez me deixou de queixo caído com o tamanho e a quantidade de “novidades” no universo de Tony Stark. A bagunça vem de outras edições, claro, mas tudo culmina de maneira extremamente bagunçada nesta edição.
A celebração que acontece em Iron Man #600 é assinada por diversos autores e artistas, além de ser a última edição com roteiros de Brian Michael Bendis.
Veja bem, nem vou discutir se a revista é boa ou ruim, o que vou discutir é sua bagunça. E sim, a partir daqui você poderá ver spoilers já que a Panini Comics publica os quadrinhos no Brasil com cerca de um ano de diferença em relação à publicação original nos EUA.
O que acontece em Iron Man #600
Vimos recentemente que Tony Stark ficou em coma depois da surra da Capitã Marvel em Guerra Civil II. Riri Williams surgiu então como a herdeira do legado do Homem de Ferro junto de Victor Von Doom, o Doutor Destino… Mas o corpo de Tony sumiu e a busca pelo zumbi começou. Iron Man #600 conclui e embaralha diversas dessas histórias.
A primeira delas é a ressurreição do próprio Tony Stark, que aproveita e ressuscita James Rhodes, o Máquina de Combate que havia sido morto por Thanos. E sim, ambos estão carecas, vai saber o motivo.
Mas não é só isso, outro ex-morto surge também. Rezei para que fosse piada mas não é. Conheça um dos idealizadores originais da SHIELD que agora, junto de Blade tenta reformar a super agência de espionagem. Senhoras e senhores, a Marvel Comics trouxe o Leonardo Da Vinci para o presente.
Essa nova SHIELD conta com um grupo bem excêntrico, podemos ver além de Blade, Cable e Homem Aranha (Miles Morales) com seus pais à tira colo. Até a Mary Jane parece envolvida com a nova agência. Riri Williams ganhará uma revista própria em breve e uma armadura com menos cara de Iron Man e mais cara de Ironheart. Além de Leonardo Da Vinci voando de armadura e disparando raios laser.
A origem de Tony Stark virou uma bagunça que confesso não ter entendido direito. Até Arno Stark surgiu como irmão de Tony e agora é falado que Howard Stark não é realmente seu pai. A mãe de Tony teria dito que o filho era de Howard, mas o verdadeiro pai da criança seria alguém que ela teve que matar (mas não morreu). Já te confundi? Papai agora quer reunir a família, afinal ele é da Hidra e se tem uma coisa que esse grupo presa é pelo bem estar da sua prole.
Enquanto isso Victor luta contra Red Hood para impedir que a Stark Industries caia nas mãos inescrupulosas. Luta mesmo, de armadura de Homem de Ferro prateada e um monte de DoomBots. Ele se dá bem mal para ajudar Stark apenas para mostrar que a história de Victor como Homem de Ferro é apenas uma das pontas enroladas para edições futuras.
Seu envolvimento é realmente inexplicável para o momento. Dicas apontam para algo discutido entre Doom e um Tony Stark bem estranho. Este por sua vez é encontrado por uma personagem sumida de Brian Michael Bendis, Tempus, a mutante Eva Bell que pode viajar pelo tempo.
Tudo isso em apenas uma edição de pouco mais de quarenta páginas. Estou esgotado demais para discutir se é um bom gibi, prefiro deixar ele na pilha de confusos e deixar que a Marvel Comics tente me convencer de que tudo isso é realmente bom.
Pronto. Agora você já pode me xingar nos comentários enquanto me mudo para o País do Silicone.