Uma triste história de amor entre meu Game Gear e eu.
Pode parecer que não gostava do Game Gear e da Sega, mas não é o caso. Nunca tive muita sorte com plataformas portáteis… meu Game Boy Color Tijolão Amarelo do Pikachu foi roubado, assim que comprei o Game Boy Advance saiu o Game Boy Advance SP e logo depois disso comprei o Nintendo DS Tijolão Vermelhão do Mario Kart. Bom, fazendo as contas por cima dá para ver como eu fiquei facilmente sem grana.
O Game Gear era diferente, foi um presente para o meu irmão e era um trambolho, mesmo sendo portátil. Veio com o jogo Shinobi e era fantástico, diferente do Game Boy que você só podia jogar com uma luz em cima da tela, a tela brilhava! Nossa, com eu joguei aquilo. Até lembro que em um amigo secreto da escola eu pedi um jogo daquele console.
Foi uma menina que eu gostava que me tirou… Ela me deu uma agenda… isso mesmo, no lugar do jogo, uma agenda…
Voltando ao assunto: eu era um gamer desinformado na época, não tinha grana para revistas e mais revistas cheias de informações inúteis e fotos tiradas direto da TV (acho que não devia existir placa de captura na época). Mas eu sabia que se colocasse algum eletrônico de 110 volts em uma tomada 220 volts algo poderia dar errado.
Não lembro o lugar, mas papai e mamãe decidiram que íamos viajar, o lugar escolhido foi um clube qualquer com chalés e, para minha alegria, choveu muito durante nossa estadia… Bom, deveria ser alegria o que sentia. Resolvi atacar o Game Gear, finalmente destruir as forças do mal de dentro daquela bagaça.
Mas precisava de uma tomada, logo fui caçando até ser avisado da diferença de voltagem. Eu deveria ir até a recepção do lugar afim de localizar uma tomada 110. Então fui, embaixo do pé d’água mas fui.
A tiazona com laquê monstruoso na cabeleira foi quem me atendeu. Não lembro da minha pergunta mas lembro da resposta dela: “Todas as tomadas são de videogame meu amor!“. Tenho certeza que na minha pergunta não envolvia amor.
Saí de lá feliz da vida e pronto para jogar… O fim de semana não seria jogado fora afinal. Me acomodei na cama debaixo do beliche e liguei o Game Gear.
Ele não ligou.
Verifiquei os cabos, se estavam conectados.
Troquei de tomada.
Rezei.
E nada.
Logo meu pai se materializou-se do meu lado falando: “Para que já queimou, olha o cheiro!” … sim, cheiro de plástico queimado… O CHEIRO DA DERROTA!!! AAAAAAAARGH!!! Não pude acreditar que havia queimado o mini game que nem meu era. Tá certo que meu irmão não tava nem aí mas fiquei depressivo.
Voltando da viagem levei bronca pois deveria esperar sobrar uma graninha para consertar o Game Gear… e esse dia nunca chegou. Quer dizer, semana passada com minha fome de procurar coisa velha na casa da minha Mamãe achei-o.
Acho que tenho até a grana para mandar consertar, porém, o problema é outro agora… QUEM ARRUMA GAME GEAR? Não me obriguem a fazer uma máquina do tempo para achar alguém que faça tal operação… Talvez eu tenha que comprar um para servir de doador de órgãos… 🙁
3 respostas em “Game Gear e Eu”
Olá td bem?
Conseguiu consertar o Game Gear?
Isso aconteceu comigo também! Eu também não tinha noção de 110 e 220 v.
É tão triste, pq apesar de ser antigo na época era gostoso de jogar.
Se souber de alguém que conserte me avise, por favor! E de preferencia em sp! rsrs
Ou se souber de alguém que compre os games? To pensando em vender caso não ache ninguém para consertar…
Abs
Infelizmente não achei não… mas vender também não quero! E olha só… UMA MULHER FALANDO DE GAME GEAR! Impressive!
[…] portátil em uma versão microscópica. Vale lembrar que faz mais de 30 anos do lançamento do Game Gear e que o console falhou miseravelmente ao tentar competir com a concorrência. Mesmo sem ter uma tela […]