Farofeiros, farofeiras e farofeires, tenho uma notícia meio chata para te dar. Não importa o que você estuda ou estudou, não importa seu grau de escolaridade e nem quantos grupos de WhatsApp você fica enfiado para se informar… Você não sabe tudo.
A arrogância e a prepotência daqueles que acham que sabem de tudo deve ser de seu conhecimento. O convívio com esse tipo de pessoa não é recomendado pelo Ministério da Saúde mas, convenhamos, não é uma questão de escolha. Quantos desses você consegue suportar diariamente é algo que deve lhe proporcionar cirroses emocionais devido ao campo magnético negativo que esse tipo de ser emana.
Há momentos em que não há escolha, não há opção, você precisa conviver com esse tipo de ser e até se relacionar bem. Seja um chefe, seja um colega, seja um parente, não importa, você precisará ouvir ladainhas incansáveis de gosto duvidoso sem bocejar e ainda sorrir a cada 5.8 segundos. É o que devemos fazer para sobreviver.

Gostaria de imaginar um mundo onde não saber de tudo é algo normal e conveniente. Que o erro possa ser admitido e encarado como aprendizado sempre, sem dúvidas de suas intenções ou intelecto.
Mas não, vivemos em um planeta que consome a si próprio e exige 58 anos de experiência para um cargo de estágio não remunerado.
O mundo perfeito não existe e nem irá existir. Não creio em paraíso além vida – ou além morte – mas queria mesmo era ter esperança no ser humano. Entender que você não sabe tudo é um passo primordial no aprendizado – que deve ser constante e ineterrupto.
E quando falo em aprendizado não falo de faculdade ou curso superior, falo de experiências, curiosidades e técnicas. Aprender a utilizar um programa novo, aprender a cozinhar corretamente e até a utilizar a máquina de lavar com 42 funções podem ser mais úteis e prazerosas do que estas vãs palavras poderão demonstrar.
Aquilo que falta no ser humano muitas vezes poderia ser remediado, ou pelo menos reduzido, se o aprendizado fosse valorizado. Mas não, vivemos em uma sociedade que prefere que você se mate de trabalhar, sem ganho social ou intelectual – tudo o que você pode fazer é trabalhar, qualquer outra coisa não é permitido.
Ter uma vida além do trabalho poderia reduzir a desigualdade e te dar a possibilidade de aprender, de estudar. Enfrentar essa era sombria e lutar contra esses demônios faz parte do nosso dia a dia, precisamos ver além disso.
Inclusive o aprendizado é uma ótima arma contra aquela ansiedade engatilhada, tirar o foco do problema e conseguir focar nele é terapêutico. No meu caso, tenho certeza.