Ter sorte

Queria muito ter sorte. Não tenho.

Farofeiros, farofeires e farofeiras, precisamos ficar acordados a noite toda para ter sorte. Ou não, hoje em dia minha resistência ao sono é quase nula, depois de determinado horário não tenho conseguido fazer nada. Nem o joguinho, nem escrever e muito menos ler.

Talvez minha onda de azar seja por isso, não consigo ficar mais acordado a noite inteira como antigamente. Quer dizer, não sem a devida utilização de substâncias legalizadas vendidas no supermercado que meu cardiologista proibiu de chegar perto.

Por sorte não tenho nenhum problema cardíaco (pelo menos aparentemente, meus exames estão bem atrasados).

Mas isso não quer dizer que tudo está em dia, tenho uns três textos meus atrasados, mais uns dois de outros colaboradores aqui esperando que o básico seja feito. Nesta parte acredito ser falta de sorte deles, não minha.

Mesmo assim acredito que ter sorte só não basta, ela sempre acaba. Assim como o dinheiro, o amor e até a própria vida… E não falo isso de uma maneira mórbida, afinal é aquela velha história, a morte é a única certeza que nascemos. Para se perpetuar é preciso de sorte além da vida – e descendentes igualmente sortudos.

Ter sorte de conhecer determinadas pessoas é algo especial. Mesmo que essas pessoas saiam da sua vida não dá para dizer que algumas delas não foram especiais. As redes sociais são uma boa ferramenta para isso, aliás, nisso tive sorte algumas vezes.

Mas se as redes sociais fossem realmente sociais e menos comerciais não teríamos tantos anúncios na nossa linha do tempo. Então talvez não precisemos de algoritmos avançados, mas apenas de mais contato com pessoas de verdade. Sem aqueles comentários absurdos que nós sabemos que a pessoa não solta na mesa de jantar com a família.

No final podemos dizer que sorte é comer um bolo de fubá com cobertura de calda de goiabada.

Pensamento do Dia

A angioplastia e o outro plano não me pegaram tanto assim não. Nenhum dos dois existem, não é?