Não existe jornal sem partido, nem site, nem perfil de rede social.
Farofeiros, farofeires e farofeiras, em meio ao caos, saio da lama para atacar a grande mídia nacional. A mesma mídia que coloca anúncios absurdos em seus sites, coloca paywall em informações de utilidade pública. Também dizem que escolher entre um genocida e um democrata é uma escolha muito difícil… Afinal de contas, não existe jornal sem partido.
Fico enojado com o slogan lançado pela Folha de S.Paulo que pedia que os brasileiros usassem amarelo pela democracia. Pois é, os terroristas adoraram a ideia e assim o fizeram em 8 de Janeiro de 2022. Aliás, essa mesma Folha não gosta de usar o termo “terrorista”, prefere algo mais leve para quem destruiu prédios públicos. Esta mídia amarelou rápido demais para quem emprestou carros para a ditadura militar.
A Globo e toda sua rede, é um mistério para mim. Por vezes fica claro para mim seu viés progressista, por outro lado sempre imagino que há um liberal usando uma farda de mentira à frente de alguma atração. Querem balancear tanto “os dois lados” que não percebem que estão dando voz para corruptos, genocidas e até assassinos.
Mas preciso falar também do TERRÍVEL EDITORIALISTA DO ESTADÃO, a “escolha muito difícil” não foi o pior de seus desastres. Esta semana resolveram contradizer TODOS os órgãos que apontam a inocência da Ex-presidenta Dilma Roussef. Sim, todos eles. O Estadão não falha quando o assunto é deturbar a verdade.
A Folha, apesar de tudo, tem um Ombudsman corajoso o suficiente para fazer um textão cobrando o jornal de sua função. A foto publicada essa semana na capa de Gabriela Biló usa uma técnica analógica de montagem e mostra um vidro quebrado, como se fosse um tiro, bem no coração do Presidente Lula. Não contestarei a técnica nem a foto em si neste momento, neste momento vou reclamar apenas do jênio que achou de bom gosto colocar uma imagem dessas, sem contexto real algum, na primeira página.
Em seu manual a mensagem é clara: “Montagens são são permitidas em imagens de cunho essencialmente ilustrativo”. Mas isso não impediu que a montagem totalmente fora de contexto fosse publicada na primeira página.
O que todos esses jornais tem em comum? Um lado, que não é o nosso, não é o do povo. Querem nosso dinheiro, mas querem que acreditemos no que dizem, afinal é preciso valorizar o famoso “post pago“. Tal artifício não acontece sem sinalização apenas por influencers de dancinhas, esses jornais RECEBEM DINHEIRO para servirem de assessoria de gente que não merecia ter sua mensagem transmitida.
Enquanto a verdade, a informação, for tratada como um negócio sempre teremos esses urubus que querem apenas ganhar em cima delas. Sintomas do capitalismo que pede que sejam contratados bons e maus profissionais para agradar todos e, no final, simplesmente o que vale é o clique, o engajamento.
E se esses jornais simplesmente levantassem a bandeira que lhes convém e cada um procurasse o periódico com a visão mais importante para si? Continuar nesta farsa onde um colunista ataca o povo e o outro tenta salvar, não dá. A verdade não pode ser um bem só dos mais poderosos que lidam com ela como querem (beijo Americanas).
Estou ciente que minha técnica jornalística pode ser questionada minha ética é, sem dúvidas, maior do que dos três principais veículos jornalísticos do Brasil. Jornal sem partido não existe.
Pensamento do Dia
Falar do Foro de Miami e do quanto os nerdolas estão tristes com Chainsaw Man também. Mas este é só mais um momento em que ensino jornalismo por aqui. Tô bem hein?