Aceleratismo: todos correndo em direção ao fim do mundo!
Em minhas andanças pela internet topei com um interessante texto sobre como o nosso presente foi previsto por um hippie em 1967 chamando-o de Aceleratismo.
Roger Zelazny publicou a ideia em sua novela Lord of Light que flertava com a mitologia hindu. Tanto o autor como o livro foram inexpressivos na época mas nele foi criado os Aceleracionistas, um grupo de revolucionários que queria levar a sociedade à um novo nível transformando sua atitude em tecnologia.
O aceleratismo diz que a tecnologia e o capitalismo global agressivo deveriam ser ainda mais proliferados e intensificados. A teoria é a favor da automação, da mesclagem entre homem e o digital. Diz ainda que o povo deveria parar de se iludir acreditando que a econômica e o progresso digital podem ser controlado.
A teoria vai contra o conservantismo, socialismo, democracia social, políticas ambientais, protecionismo, populismo, nacionalismo e um monte de outros “ismos” que estão na moda hoje em dia.
O problema da ficção é quando ela se torna realidade e, segundo o autor do texto, já foram vistos adeptos do aceleratismo nos EUA, Canadá, Reino Unido, Alemanha, Itália e França.
Sinais aceleracionistas podem ser vistos na ascensão da China como potência econômica, a popularização de inteligência artificial, dispositivos eletrônicos intrusivos, mercado global incontrolável, o poder do capitalismo como realizador de desejos, a fina barreira que separa a realidade do imaginário. E, para finalizar, não poderia faltar a complicada sensação que todos temos de satisfação sobre a velocidade da vida moderna.
O escritor norte americano Steven Sharviro decretou em seu livro de 2015, No Speed Limit, “você querendo ou não somos todos aceleracionistas agora”.
Mas as políticas aceleratistas podem ser piores e mais reais do que você imagina. Para eles se o capitalismo está rápido demais a solução é fazê-lo mais rápido ainda.
Governos com políticas ultra capitalistas e anti-governamentais são vistos com deleite uns e desespero de outros e estes estão no poder de países como o Brasil e EUA. Ideias perigosas nas mãos de pessoas perigosas.
Outro escritor americano, adepto da futurologia dessa vez, Alvin Toffler publicou em 1970 que a velocidade das mudanças só aumenta e nos estamos vivendo uma das maiores revoluções da história – o nascimento de uma nova civilização.
Não duvido da colocação, mas pelo andar desta carruagem maluca o mundo precisará passar por um reboot para que tudo funcione direito. Tudo se resolveria melhor se no lugar da selvageria usássemos o bom senso, mas até isso está em desuso.
Pensamento do Dia
Nossa, ainda dá pra enviar pensamentos!
Enviado por Adailton (Omega) que insiste em mudar de nome toda hora. Tu é Leklol que eu sei.
A coluna Pensamento é atualizada toda segunda-feira com uma obra intelectual moderna.