Categorias
Colunas

O gamer tem que acabar (e as empresas de joguinho também)

Vou mostrar na prática por que o gamer tem que acabar e toda a indústria fedida ao seu redor.

Farofeiros, farofeiras e farofeires, este artigo está na pilha de rascunho já faz um tempo e – originalmente – seria um apanhado de memes para deixar gamer nervosinho por ser gamer. Seria um destes posts que nos faria rir do povo delinquente que permeia comunidades de jogos cuspindo preconceito, misoginia e tudo o que há de ruim. O gamer tem que acabar junto com as empresas que os alimenta com armas brilhantes e poderosas para compensar ausências emocionais em sua vida pessoal.

E o melhor exemplo que temos hoje disto é a Microsoft Brasil e seu perfil de games, o Xbox BR. Recentemente elogiei a empresa pelo produto Xbox da nova geração, mas no Brasil a empresa gosta mesmo é de cagar no pau e esfregar na cara. Irei pontuar apenas dois fatos recentes.

O primeiro, depois de diversas reclamações, foi quando Ricardo Regis do Nautilus Link finalmente conseguiu fazer as denuncias do canal Xbox Mil Grau chegarem em quem toma as decisões. Tanto o YouTube quanto a Microsoft tomaram atitudes exemplares depois do barulho. Mas demorou, muito.

Infelizmente quem está por trás do XboxBR não mostrou as caras ainda, mas mostrou que o Mil Grau ficou o tempo que ficou lá, fazendo o que fez, com o apoio da empresa. Por anos o jogador de videogame usou a plataforma para ser racista, transfóbico e misógino – tudo às custas da Microsoft. Qual o motivo de ter demorado anos para que uma atitude fosse tomada? Será que a marca Microsoft e Xbox concorda com os comentários do vídeo?

Podemos dizer que a Microsoft ou o XboxBR aprenderam a lição, mas não é o caso, o gamer tem que acabar e levar as empresas que elas cultuam para o inferno juntas. Por que digo isso?

A apresentadora Isadora Basile, depois de sofrer constante ataques da comunidade tóxica do XboBR, foi demitida. Sim, ela foi mandada embora pela Microsoft por ser atacada constantemente nas redes por ser mulher.

O Mil Grau saiu da XboxBR mas a XboxBR não quer largar de ser racista, transfóbico e misógino pelo visto. Ser vítima de ameaças de morte e de estupro é ruim para a marca pelo visto, mas ser racista, transfóbico e misógino pode. A “nota” que seguiu

No mesmo dia 16 de Outubro de 2020 a notícia da nova presepada da Microsoft Brasil era assunto em todos os cantos da internet. O jornalista Jason Schreier (Bloomberg News) , Gamerant, ScreenRant, fanbyte, The Enemy, G1, Voxel e tantos outros noticiaram o absurdo da atitude da da XboxBR. Nas redes sociais a grande maioria das pessoas – eu inclusive – comentava e marcava Phil Spencer, afinal dizem que foi ele quem bateu o martelo contra o que estava rolando no caso do Mil Grau. Dizem.

Obviamente a repercussão internacional foi outro agrave. Como não sou lá um grande caixista não acompanho bem as redes nem o que acontece direito nos canais oficiais da Microsoft. Nas redes frequentemente vi pessoas relatando que não foi a primeira vez que a empresa agiu dessa maneira diante de pessoas ligadas à eles sendo atacadas e, logo em seguida, sumariamente desligadas da empresa.

Recentemente pude perceber um aumento na preocupação da empresa e – diferente da Sony – até começamos a receber press release assinados por assessores da agencia Eldeman Brasil. Uma agência preocupada em divulgar a marca representada em um canal como o Blog Farofeiros obviamente chama a minha atenção. No site da empresa inclusive há um texto creditado à Richard Edelman que cita o clássico literário Moby Dick. “Não podemos viver apenas para nós mesmos”. Para quem então a Microsoft e o XboxBR quer viver?

O gamer tem que acabar, mas não irá adiantar nada se acabarmos com o gamer e surgir uma nova raça mutante com os mesmos valores deturpados. Alguém lá de dentro da Microsoft, que tem um cartão com o logo da empresa e com XBox nele é responsável por tudo isso. A empresa pode não ser a principal responsável por essas histórias mas alguém lá de dentro compactua com tal visão e continua a promovê-la nas diversas plataformas que atua.

Não procurei por nomes mas o jornalista Rique Sampaio certamente sabe quem é e ainda aponta que apesar de tanto esgoto transbordando pela empresa ele continua em seu cargo. Continua a promover comportamento tóxico na comunidade caxista. Se é dinheiro a qualquer custo que a Microsoft quer é bem possível que este continuará sendo os métodos aplicados pela empresa.

No dia 20 de Outubro próximo ocorrerá o Microsoft Mais Brasil, um evento que abordará assuntos como “Habilitando a economia digital por meio da tecnologia”, “Educação, Capacitação Profissional e Empreendedorismo” e “Crescimento Sustentável e Impacto Social”. Será que durante o evento irão comentar como é vantajoso demitir uma parceira assediada e contratar um assediador também?

Entendeu porque o gamer tem que acabar independente do videogame que ele jogue?

Pensamento do Dia

Pensamento - Clara Averbuck - Blog Farofeiros

Toda segunda-feira venho direto das profundezas do inferno roubar almas e angariar fundos para o exército do Tinhoso comprar açúcar de melancia.

Por Rodrigo Castro

Debochado e inconveniente. Escritor, roteirista e designer de brincadeirinha.

6 respostas em “O gamer tem que acabar (e as empresas de joguinho também)”

Mas pq vc não comentou os ataques sofridos por atores, dubladores e outros do lado da Sony????
Fã de The Last of Us ameaçando dubladora, o caso dos fãs em Spider Man é ratos outros ocorridos????? PQ ESSA NECESSIDADE DE PASSAR PANO PRA SONY?????

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *