Lemos Marvel Comics #1000 e não é nada surpreendente.
Pelo visto as editoras americanas ficam sem ideias constantemente e quando surge algo que tenha uma bom resultado comercial copiam sem dó ou piedade. Este é o caso de Marvel Comics #1000. Após a DC Comics ter lançado a Action Comics #1000 e o Detective Comics #1000 não demorou nada para a Marvel Comics fazer igual.
A data comemorativa é significativa, como bom marvete é até provável que eu compre a edição física americana (se o dólar permitir). Sou adepto ferrenho dos quadrinhos digitais, mas algumas edições compro a versão física também. E por mais que eu reclame da falta de criatividade e do oportunismo da editora devo reconhecer que o trabalho editorial foi absurdo.
Spoilers de Marvel Comics #1000 seguirão, fique avisado.
O Marvel Comics #1000 comemora 80 anos da publicação de Marvel Comics #1. Publicada dia 1º de Outubro de 1939 e custando US$ 0,10 o gibi apresentou versões de Tocha Humana, Anjo, Namor, Masked Rider e Ka-Zar.
Miracleman, Star Wars e Conan são lembrados também.
A ideia desta edição comemorativa é interessante: 80 histórias de 80 equipes criativas diferentes, uma página para cada ano da história da Marvel Comics. Não me surpreende que Al Ewing encabeçou o projeto. Marvel Comics #1000 não se trata apenas de uma homenagem, apesar de serem 80 histórias algumas delas são interligadas.
E como disse, já que lá 80 histórias, uma por página é impossível fazer um review muito minucioso. Além disso as referências contidas em algumas histórias, que prometem repercutir no presente, são informações arqueológicas e até o maior fã da Marvel que você conhece pode desconhecer! E este é meu caso.
Personagens como Black Mask, Masked Rider, mencionado acima, Thunderer, Three Xs, lembro apenas como referência. Suas histórias muito provavelmente nem foram publicadas no Brasil. Aliás, nem ousei traduzir a maioria dos nomes pois não consegui localizar referências nacionais desses personagens. Duvido que você saiba do que se Tessie The Typist, eu não sabia e ela é homenageada em Marvel Comics #1000.
Fica claro também que Roberto da Costa e Jimmy Woo estão tramando algo. E tudo gira em torno de uma máscara (ou Máscara Eternidade) e do que os Three Xs planejavam.
Mas nem tudo é mistério, algumas coisas se resolvem lavando a roupa. O problema é que o Doutor Estranho só tem uma.
Loki mentiu para si mesmo.
E o Hulk comeu um microfone no traço de Alex Ross.
A Marvel Comics colocou uma página com arte do Rob Liefield que eu preferi ignorar aqui, mas preciso avisar que tem essa porcaria no meio. Mas pelo menos tem o Deadpool roubando a lancha do Batman.
Ao final da edição temos uma revelação de Eternidade em pessoa que a Eternity Mask é feita com substâncias dele mesmo. A semelhança visual é óbvia, mas um resquício do poder de Eternidade na Terra andar despercebido depois de Guerras Secretas e Invasão Secreta é meio estranho.
O que me surpreendeu foi que em Marvel Comics #1000 temos a última história do brasileiro Mike Deodato Jr na Marvel Comics. Nas últimas páginas é mostrado que alguém está vigiando os heróis, Capitã Marvel, Jessica Jones e até Peter Parker (sem a roupa de Homem Aranha) estão em uma parede. Esta guerra de super seres teria começado há oitenta anos com o Tocha Humana original, mas irá acabar com o Masked Raider. Isso mesmo, o novo usuário da Eternity Mask… Mas só em 2020.
Um novo Korvac também estaria a caminho e já não sei mais o que pensar, nem especular.
Talvez algo como History of the Marvel Universe fosse uma homenagem melhor. Mas vamos ver no que vai dar, Al Ewing é mais que competente para entregar algo interessante para os fãs. O que você acha que dará essa história? Não deixe de comentar pois este marvete está meio desanimado com isso aqui.
Mas parabéns Marvel, você merece.
8 respostas em “Marvel Comics #1000”
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