Vamos falar sobre o esquecer (se me lembrar)
Hoje devo transcorrer sobre um assunto pertinente devido a continuidade da evolução pós consagrada dentro da efemeridade de todo ser que possui uma memória mas não a memória em si mas quando desejamos apagar algo da memória.
Não importa o evento, pode ser uma morte ou um nascimento, um amor ou um desamor, alegria ou depressão, os motivos são os mais diversos e cada um afeta uma pessoa de um jeito. Mas esse não é o assunto ainda, o assunto é como fazer como no filme Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças que simplesmente o paciente esquece tudo de uma pessoa e pede para as pessoas ao seu redor parem de falar nela. Não creio que seja algum tipo de estraga prazeres mas é óbvio que dar estímulos elétricos no córtex cerebral não ajuda.
Já tentei álcool, já tentei razão, já tentei distração e nunca consigo esquecer o que preciso, o que arremete ao meu texto anterior sobre o umbral e querendo ou não esquecer seria o melhor remédio para a dor que a situação original provoca, lhe tiraria do umbral sem dor, sem sofrimento e provavelmente com um sorriso no rosto pelo alívio.
Gostaria mesmo de discutir técnicas e, principalmente, gostaria de fugir do clichê de que o tempo é o que resolverá tudo, me incomoda tal afirmação pois não gosto de dar tanto poder ao tempo, ele já rege o universo e nos afeta todo dia, dar-lhe o poder de ajudar em sua vida afetiva e emotiva é uma loucura em minha opinião, mas inevitável. Também me incomoda a premissa de que apenas um novo amor cura as mágoas anteriores, como algo bom pode brotar do meio da mágoa? Se é mágoa o problema você não pode obrigar que outra pessoa tire essa mágoa de você, afinal a mágoa é sua, você que tem que dar um fim nela. Em suma me incomoda não ter poder sobre o que quero ou deveria sentir e ter que esperar o mundo girar para conseguir caminhas do jeito que era antes de qualquer coisa me abalar.
É triste pensar que meu time perdeu o campeonato este ano, mas ano que vem haverá outro campeonato e o que me resta é a esperança que no próximo não aconteçam tantas atrocidades como neste último e esquecer o que deu errado. Esquecer é tudo, mas não vendem em cápsulas para se tomar a cada oito horas.
Uma resposta em “Ensaio sobre o esquecer”
Olha meu caro amigo OsChefe, eu possuo uma larga experiência na área do esquecimento e sinto lhe dizer, você está na merda. A resposta é o clichê, o tempo vai resolver…vai fazer com que essa decepção se torne menos importante. O que você pode fazer é se divertir enquanto agoniza. Tudo ajuda um pouco, beber, jogar, sair, beijar…