Apenas um – ou mais um – ensaio sobre a cegueira brasileira.
Meus queridos farofeires, farofeiros e farofeiras, juro que iria vir com piadas nonsense de gosto duvidoso para acalmar os ânimos, mas com o país em chamas não está dando para brincar quando o assunto é poder público. Este ensaio sobre a cegueira de um povo tem como base e inspiração o texto de Paula Rodrigues, que trás palavras de Ricardo Galvão, ex-diretor do Inpe, afastado pela atual administração por falar a verdade.
A verdade que liberta não é a mesma para cada um, a verdade que é proliferada normalmente é aquela que convém ao grupo político no poder. O problema é que o grupo político no poder são zumbis destruidores de vidas de todos os tipos: no matam com veneno, com negligência, com ignorância. A boiada que deixam passar é tão grande que até o fogo nos ameaça agora.
A origem do cidadão de bem no Brasil é forjada na mentira dos que apostam a vida dos outros. Gente que mata, ou manda matar, e que dorme o sono dos justos. Tudo o que vemos hoje é só uma cópia um pouco aprimorada do que muitos acreditavam que iria acontecer. E agora que aconteceu este ensaio sobre a cegueira se mostra necessário, pena que ele dificilmente trará a visão para quem mais precisa.
A ciência indiscutivelmente ganhou um espaço na vida dos brasileiros durante esta pandemia. O problema desta afirmação é que boa parte fica obscurecida com as chamas da mentira que apoiadores do governo proliferam nas redes sociais. Junto do discurso de ódio, racismo, violência e ignorância vemos que é no mínimo difícil de dialogar com a grande maioria de robôs, ou zumbis, comandados pelos líderes da extrema direita.
Como tirar o povo dessa cegante hipnose que os move em direção de um ardente abismo sem volta? Como pode-se mudar tanto em tão pouco tempo para a pior e ainda manter o fã clube do tamanho que é? Como as pessoas podem se negar a entender a verdade ou simplesmente aceitar que estava errado? Como viver, ou sobreviver à 2020 nessas condições?
Obviamente não tenho as respostas, mas estou feliz de me posicionar do lado correto da história e de poder lutar deste canto sombrio e vazio da internet. Estas palavras não irão furar bolha alguma e chegar ao tiozão do zap e o fará enxergar. Estas palavras são para você, da mesma bolha que eu, para lhe sinalizar algo importante no meio desse mar de obscurantismo, chamas e ignorância:
Pensamento do Dia
Não me importo com o calor, me importo com as chamas.